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Menos cheques, menos problemas

No Amazonas, a devolução de cheques em julho foi de 1,33% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 1,36% registrada no mês anterior. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no Estado foi de 1,44% do total de cheques compensados. De acordo com dados divulgados pelo Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos.
Na região Norte, a devolução de cheques em julho foi de 4,46% do total de cheques compensados, maior que a devolução de 4,33% se comparada ao mês passado. Em julho de 2012, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na região Norte ficou em 4,36% do total de cheques compensados.
Shopping Center sem cheque
Hoje em dia nos shoppings as operações com cheques foram substituídas em quase 100% por cartões (crédito e débito) e um inexpressivo percentual em espécie (dinheiro vivo) utilizados para pagamento de compras realizadas em shoppings. De acordo com a presidente da Alasc (Associação dos Lojistas do Amazonas Shopping Center), Mercedes Braz, “Nossas vendas são quase 100% em cartão e uma baixíssima parte em dinheiro, devido à facilidade do cartão e o risco de inadimplência ser zero, praticamente”, informou Mercedes.
No começo da operação do shopping ainda se trabalhava com cheques, mas o risco elevado de devolução de cheques principalmente para os pequenos empresários forçou a excluir a forma de pagamento em cheque e aceitar apenas os cartões preferencialmente.
Mercedes Braz disse que os cheques ainda são utilizados no comércio de rua e em lojas de materiais de construção, mas que nos shoppings da cidade ela desconhece essa prática de recebimento de cheque. “Talvez seja por isso que a taxa de inadimplência de cheques seja baixa no Estado, porque os grandes centros comerciais não estão mais recebendo cheques como forma de pagamento. Porque era muito problema, eu lembro que quando comecei no shopping tinha lojas que trabalhavam com cheque, inclusive a minha, mas depois de muitos problemas, onde não há segurança nenhuma para o lojista, resolvemos optar pelos cartões”, informou a empresária.

Comércio aceita cheque

Segundo o presidente da CDL-M, Ralph Assayag no comércio ainda se tem um número grande de cheques, principalmente no pré-datado. No entanto, boa parte do comércio hesita em receber porque não quer ter trabalho no caso de devolução. Mas a inadimplência do cheque é menor que o comerciante pagar a taxa do cartão. Hoje a taxa de inadimplência de cheque é de 2% e de cartão gira em torno de 5%, “mesmo assim o comerciante que não quer ter dor de cabeça prefere as operações com cartão, mas que desconta direto 5% pela garantia da transação”, alertou Assayag.
O presidente da CDL-M informou ao Jornal do Commercio, que disponibiliza um trabalho de garantia de cheque para o lojista que quiser receber através da entidade. “Nós sabemos que a inadimplência do cheque está em torno de 2% então a CDL cobra 2% da volta do cheque, mas nós sabemos que num período até 60 dias nós conseguimos receber o cheque, e sabemos que o cartão cobra 5%, então aquele lojista que está trabalhando com cheque, pode solicitar a Garantia de Cheque da CDL com taxa de 2%”, garante Assayag.

Mais garantia

Hoje o cheque tem um risco maior porque não está interligado on-line com as lojas e sistema bancário, que por sua vez demanda um talão de 20 folhas de cheques a cada cliente, independente da renda. Para dar maior segurança à operação a CNDL Brasília está trabalhando no sentido de que o BC (Banco Central) verifique uma maneira, em que o banco que liberou o cheque seja também coresponsável em caso de devolução. “Assim o cheque será mais valorizado e com isso o comércio terá mais tranquilidade em receber o cheque”, adiantou Assayag.

Novidade

No Amazonas a novidade está no futuro dos Smartphones, principalmente com empresas que trabalham com o sistema delivery, onde os clientes vão poder pagar com o cartão na hora da entrega no local indicado, de qualquer produto adquirido, com foco inicial no setor de alimentação, por exemplo, a pizzaria delivery Os Muzzarellas, que além de inovar na forma de pagamento em cartão na porta do cliente e no pedido pela internet, também lançaram um formato quadrado que é 25% mais pizza. Confira no site: https://www.osmuzzarellas.com.br

Dados nacionais

Foram devolvidos pela segunda vez por falta de fundos, em todo o país, 2,03% dos cheques compensados no mês de julho, percentual maior que os 1,94% verificados em junho, segundo o Serasa Experian. O percentual verificado em julho também é maior que os 2,00% observados em igual mês do ano anterior. Quanto aos acumulados, foram devolvidos 2,07% de cheques de janeiro a julho, contra 2,06% em igual período do ano passado.
Os economistas da Serasa Experian observam que a devolução de cheques por falta de fundos está na direção oposta à inadimplência geral do consumidor, que vem registrando quedas mensais. Diante da redução de seu poder aquisitivo, em decorrência da inflação, dos juros em alta e dos gastos do período (Dia das Mães, Dia dos Namorados e férias), o consumidor pode estar buscando novos empréstimos com os cheques pré-datados.

Nos Estados e regiões

De janeiro a julho de 2013, o Estado de Roraima foi o que apresentou a maior incidência de cheques sem fundos foi de 11,37%. Do outro lado do ranking está o Amazonas, com 1,450%. Entre as regiões, a Norte foi a que apresentou o maior percentual de cheques devolvidos 4,46%, enquanto a Sudeste foi a de menor nível 1,62%.

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos consiste no levantamento mensal sobre a quantidade de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao total de cheques compensados. Para efeito do cômputo do indicador, somente é considerada a segunda devolução por insuficiência de fundos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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