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Melhor setembro desde 2011 para produção de bicicletas no PIM

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O polo de bicicletas do PIM registrou, em setembro, o seu melhor resultado para o mês desde 2011. No total, as fabricantes entregaram 110.895 unidades, 35,9% a mais do que o contabilizado no mesmo mês de 2018 (81.590). Os dados foram divulgados nesta sexta (11), pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

Houve uma redução de 4,8% em relação a agosto (116.525) – que contou com um dia a mais – sem prejuízos ao acumulado. De janeiro a setembro, o PIM fabricou 703.739 bicicletas, correspondendo a uma alta de 21,7% na comparação com os nove meses iniciais de 2018 (578.449 unidades). A Abraciclo mantém sua projeção de encerrar o ano com 10,8% de crescimento na produção, totalizando 857 mil unidades – contra 773.641 em 2018.

A categoria de bicicleta nacional mais produzida em setembro foi a Urbana (47.204 unidades), com alta de 32,5% na comparação ao mesmo mês de 2018 (35.614) e queda de 16,2% no confronto com agosto de 2019 (56.297). Bicicletas de modelo Mountain Bike (43.471), Infanto-Juvenil (18.772) e Estrada (1.039) e Elétrica (409) – 770,2% a mais que em agosto (47) – vieram nas posições seguintes. 

De janeiro a setembro, por outro lado, a Mountain Bike (MTB) desponta no primeiro lugar, com 327.263 unidades e 46,5% de participação, sendo seguida pelas categorias Urbana (270.926 bicicletas e 38,5% de participação), Infanto-Juvenil (96.801 e 13,8%), Estrada (6.680 e 0,9%) e Elétrica (2.069 e 0,3%). Conforme a entidade, recursos tecnológicos diferenciados, como suspensões, marchas e freios hidráulicos, contribuem para a preferência de muitos consumidores utilizare as MTB também em centros urbanos.

Mobilidade e qualidade

O vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, avalia que o aquecimento da demanda pelas bicicletas deve se estender até o fim do ano, devido à chegada de um período de clima mais quente que estimula o uso de bicicletas, assim com à aproximação de datas comemorativas fortes para o comércio, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal.  

O executivo atribui a alta da produção ao maior destaque alcançado pelas bicicletas, em um contexto em que o consumidor busca alternativas de mobilidade urbana e estas oferecem maior flexibilidade, agilidade e economia, facilitando os deslocamentos para o trabalho, escola e lazer. E o maior estímulo, conforme Gazola, tem vindo da instalação, expansão e mais cuidados de manutenção com as ciclovias das médias e grandes cidades brasileiras. 

“Para atender às exigências destes consumidores, as bicicletas fabricadas no PIM reúnem o que há de mais avançado em termos de tecnologia e valor agregado. Com isso, a indústria nacional de bicicletas se torna ainda mais competitiva em relação às marcas globais”, reforçou, em texto divulgado pela assessoria da Abraciclo.

O vice-presidente da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo, concorda com a avaliação e destaca o otimismo expresso pelos fabricantes do segmento, em conversas com representantes da Federação.

“O gradual reaquecimento da economia está beneficiando o setor de duas rodas como um todo e permite que o consumidor consiga produtos de maior base tecnológica, como as bicicletas elétricas. Boa parte do crescimento da produção também vem da expansão dos serviços delivery. Creio que teremos um Natal mais forte neste ano e um 2020 melhor ainda”, afiançou. 

Menos importações

Outra boa notícia é que o crescimento da produção nacional veio novamente acompanhado pelo avanço das exportações e recuo das importações de produtos similares acabados, conforme dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo 

As compras no estrangeiro totalizaram 5.824 unidades em setembro, vindas principalmente da China (4.395 unidades e 75,5% de participação), Taiwan (689 e 11,8%) e Vietnã (292 e 5%). Em nove meses, as importações já retrocederam 47% – 43.617 (2019) contra 82.366 (2018). A China também é a líder no ranking do acumulado (31.556 e 72,3%), sendo seguida por Taiwan (7.131 e 16,3%) e Portugal (2.104 e 4,6%).

A mesma base de dados informa que foram exportadas 10.178 bicicletas em setembro, com incremento de 10,9% em relação ao mesmo mês do ano passado (9.181). A maioria (37,1%) foi embarcada para a Argentina (3.778 unidades). Em seguida, vieram o Chile (2.679 e 26,3%) e o Paraguai (1.939 e 19,1%).

“O crescimento das exportações para esses países atende aos objetivos de um planejamento da CNI para incrementar às exportações globais para a América Latina. A Abraciclo também está buscando esses mercados, o que indica aumento nas vendas externas de bicicletas nos próximos anos, principalmente na categoria elétrica”, arrematou o gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam, Marcelo Lima.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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