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Medo da violência impacta atividades no Amazonas

Os ataques criminosos no Amazonas nas últimas 48 horas, ampliaram o receio dos empresários do comércio varejista que precisaram manter os estabelecimentos fechados em plena segunda-feira. O registro dos atos no estado dominou os holofotes de vários canais de comunicação e o temor sobre onda de violência impactou  ainda na rotina do manauara. 

Segundo a Fecomercio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) no Centro da cidade, com a normalização da circulação de ônibus prevista para às 12h, os empresários esperam retomar as atividades de forma integral no período vespertino. No momento, o atendimento foi impactado pela ausência de colaboradores. Poucos colaboradores conseguiram chegar ao trabalho, muitos empresários preparam as suas lojas, mas não conseguiram abrir plenamente.

O presidente em exercício da Fecomércio, Aderson Frota, reconhece os prejuízos e pediu providências. “Esperamos que não haja nenhum percalço que possa impedir a volta do funcionamento normal das atividade comerciais, essa é a nossa expectativa. Estamos esperançosos que essa onda de violência que assolou a nossa cidade passe e seja superada e nos voltemos a respirar e a viver com normallidade”.  

A onda de violência impediu que os ônibus coletivos circulassem pelas ruas. Com a suspensão, apenas 40% das lojas no centro abriram as portas. O presidente da CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag, ressaltou que devido à suspensão parte das lojas na área central funcionaram. A previsão é que após às 12h, as atividades funcionem em sua totalidade. Ainda de acordo com o dirigente, ao menos 60 mil pessoas que movimentam o centro no dia a dia utilizam o transporte público. “Esperamos que à tarde a situação seja normalizada”. 

O lojista Fernando Moraes, só abriu a loja para resolver uma pendência, mas, por enquanto,  se diz inseguro em manter as portas abertas por enquanto. “Até segunda ordem não tem o que fazer. A maioria dos meus colaboradores dependem de ônibus para vir ao trabalho. É um prejuízo atrás do outro. Pandemia, cheia e agora essa criminalidade. Quem paga é sempre a população. O Amazonas tem sofrido impactos significativos em todas os aspectos”. 

Excepcionalmente neste segunda-feira, os shoppings da capital também tiveram alteração no horário de funcionamento, mantendo a abertura após o meio-dia seguindo até às 22h. 

Agências bancárias que também foram alvos do ataque mantiveram as portas fechadas. Quem precisou de algum tipo de serviço nos estabelecimentos afetados se deparou com os atendimentos suspensos.  A insegurança  fez com que unidades municipais de saúde não abrissem as portas para atendimento ao público suspendendo os trabalhos de vacinação na capital, as aulas nas escolas públicas e particulares também foram suspensas.

Transporte

A Prefeitura de Manaus, por meio do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana), informou o retorno gradual dos serviços de transporte urbano em Manaus a partir de 13h até as 19h desta segunda-feira, 7/6. A princípio, serão retomados os serviços de 34 linhas troncais e alimentadoras que irão atender diversas zonas da cidade em direção ao Centro e Terminais de Integração.

O IMMU ressalta que, conforme o andamento do retorno das atividades, novas linhas poderão entrar em operação para reforçar os serviços à população. Eventuais alterações serão amplamente divulgadas pelos canais oficiais da Prefeitura de Manaus.

Fiscais de transporte do IMMU acompanharão as operações do transporte em diversos pontos da capital.

Força Nacional 

Os criminosos estão realizando esses ataques tanto na capital quanto no interior do estado. Prédios públicos também foram alvos de ataques. O governador do Estado Wilson Lima divulgou em rede social o pedido que fez ao Ministério da Justiça para que envie homens da Força Nacional para ajudar na segurança do estado do Amazonas que já está atuando no combate a esses atos de vandalismo. O Ministério da Justiça confirmou que recebeu esse pedido. O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Lourismar Bonates, ressaltou que o apoio da Força Nacional é essencial para combater a onda de violência. O serviço de Inteligência da SSP-AM está atuando desde que os ataques começaram a ser registrados. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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