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Medida deve fortalecer setores menores do PIM, dizem economistas

Apesar de ter sido analisado como um plano que não deve prejudicar nem beneficiar o modelo ZFM (Zona Franca de Manaus), a nova política industrial pode favorecer alguns setores que possuem pouca representação no Amazonas, de acordo com a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas).
O assessor econômico da entidade, Gilmar Freitas, lembra que a política pretende proteger a indústria nacional como um todo e, embora alguns amazonenses “estejam obcecados pela defesa da Zona Franca”, é preciso defender o país. “Se o desempenho do país cair, o nosso também cai. Não é somente nosso bem estar que vai saltar a pátria”, argumentou, ressaltando que a medida também é o primeiro passo para que segmentos, como o de móveis e o de software possam se propagar no Amazonas.
Em declaração anterior a sua posse como presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), o próprio dirigente do Sinaees/AM (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, chegou a comentar que, apesar de ser preciso tempo para estabelecer capital intelectual e atrair investimentos para novos nichos, havia necessidade de desenvolver novas alternativas econômicas na região.

Previdência social

Segundo o professor de economia da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), José Alberto Machado, não haverá perda para o PIM (Polo Industrial de Manaus), pois o Amazonas não conta com nenhum tipo de incentivo relacionado à Previdência Social, uma das medidas anunciadas pelo plano na qual os setores de confecções, calçados, móveis e softwares deixarão de recolher 20% sobre a folha de pagamento para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O economista emérito pelo Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas) afirma que isto seria um grande estímulo para o polo moveleiro. Atualmente, de acordo com dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), este segmento é responsável por uma fatia de apenas 0,10% do faturamento total do Polo nos cinco meses de 2011 (US$ 16.69 milhões).
O setor de tecnologia de informação também poderia ser desenvolvido, segundo Freitas, ainda mais pelas maiores condições de financiamento, pois, “quem não se desenvolve em tecnologia, não segue o progresso”, destacou.
Mesmo com o fato de, para compensar a desoneração, uma nova contribuição incida sobre o faturamento líquido das empresas (de 1,5% para confecções, calçados e móveis e de 2,5% para softwares), o que gerou críticas por parte de muitos representantes do país, o assessor responde que isto será benéfico para as indústrias, pois elas só precisarão pagar em cima do que faturarem. “Se não faturou nada, não precisa pagar também”, salientou, lembrando que a medida é provisória e pode ser corrigida se não tiver o efeito desejado.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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