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Marinildes Lima recebe Medalha Ruy Araújo

Em Sessão Especial, que acontecerá às 10h da manhã de hoje de forma virtual, no Plenário Ruy Araújo, a desembargadora aposentada Marinildes Costeira de Mendonça Lima receberá a comenda mais importante concedida a uma personalidade pela Assembleia Legislativa do Amazonas, a Medalha Ruy Araújo. A sessão será presidida pelo deputado Roberto Cidade.

Marinildes Costeira de Mendonça Lima nasceu em Itacoatiara, em 9 de novembro de 1940. Aos 27 anos, já na magistratura, assumiu o cargo de juíza titular da comarca de Boca do Acre, tornando-se juíza de direito, em 1971, sendo conduzida ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), em 1982.

Marinildes Mendonça foi a primeira mulher a presidir os Tribunais de Justiça e Eleitoral do Amazonas, TJAM e TRE/AM respectivamente. Também foi a segunda mulher a se tornar desembargadora no país. A primeira foi a catarinense Thereza Grisólia Tang, em 1975.

Marinildes ganhou repercussão nacional quando, na qualidade de corregedora geral do Tribunal de Justiça, participou, em 2002, do desmonte de grilagem de terras da União, no Estado do Amazonas, ao lado do ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

A honraria foi concedida pelo deputado Antônio Cordeiro, ainda em 2002. Cordeiro faleceu em 2016 e a Medalha será entregue somente agora, e a saudação será proferida pelo deputado Ricardo Nicolau.

Marinildes Mendonça foi a segunda mulher a se tornar desembargadora no país – Foto: Divulgação

18 anos depois

A Medalha Ruy Araújo foi instituída, em 1980, como forma de homenagear pessoas que se destacam nos meios político, jurídico ou cultural e demais segmentos da sociedade amazonense. Desde então vem sendo entregue em Sessões Especiais daquela casa legislativa.

As Medalhas mais recentemente concedidas foram as do advogado Flávio Cordeiro Antony Filho, então chefe da Casa Civil do Governo do Estado, em 18 de novembro de 2020, indicado pelo deputado Belarmino Lins. Flávio Antony só recebeu a Medalha cinco meses depois, em 29 de abril deste ano.

Em 1º de dezembro de 2020 foi a vez de Normando Bessa de Sá, prefeito do município de Tefé, receber a Medalha, também por indicação de Belarmino Lins.  

No início deste ano, em 18 de fevereiro, o deputado Sinésio Campos protocolou a proposta de concessão da Medalha a Luís Alberto Saldanha Nicolau, presidente do Grupo Samel.

O mais recente homenageado com a Ruy Araújo foi Alex Del Giglio, secretário de Estado da Fazenda, em 13 de maio passado, Medalha também indicada pelo deputado Belarmino Lins. Pouco mais de um mês depois, a desembargadora Marinildes, depois de 19 anos, finalmente receberá a sua comenda.

Quem foi Rui Araújo

Rui Araújo nasceu em Recife, em 04 de dezembro de 1900, mas veio para Manaus com apenas quatro anos de idade, trazido pelos pais. Ainda estudante, trabalhou na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Quando aconteceu a Revolução de 1930, Rui Araújo era diplomado advogado pela Universidade do Amazonas, sendo nomeado juiz de direito para uma jurisdição que se estendia de Humaitá a Guajará Mirim, hoje Rondônia, mas na época pertencente ao território de Mato Grosso. Foi consultor jurídico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, depois promotor de justiça em cidades do interior do Amazonas e mais tarde delegado e chefe de polícia nos governos de Álvaro Maia e Nelson de Melo. Em 1935 o presidente Getúlio Vargas o nomeou promotor do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários, órgão no qual trabalhou até se aposentar. Como o regresso de Álvaro Maia ao Palácio Rio Negro, como interventor federal, Rui Araújo foi nomeado secretário-geral do Estado. 

Durante a Segunda Guerra Mundial presidiu a Comissão Estadual de Defesa Passiva Antiaérea e também a Comissão de Abastecimento e Preços, deixando essas funções após o fim da Guerra e do Estado Novo, em 1945.

Foi derrotado ao disputar o governo do Amazonas em 1947 e 1954, mas foi eleito deputado federal, em 1950, e deputado estadual, em 1962. Renunciou ao mandato de deputado ao ser eleito vice-governador na chapa de Danilo Areosa, em 1966. Faleceu exercendo esse cargo vítima de um ataque cardíaco.

Foto/Destaque: Chico Batata

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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