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Mapeando o setor primário

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), anunciou na manhã de sexta-feira, a realização do 11° Censo Agropecuário no Amazonas. As coletas de informações começarão no dia primeiro de outubro e irão até o dia 28 de fevereiro de 2018 e atingirá cerca de 1.3 milhão de estabelecimentos rurais no Estado.

Segundo o gerente do Censo Agrário, Antonio Florido, a principal finalidade é obter informações sobre a situação de estabelecimentos agropecuário do país, na estrutura de produção do setor primário e a sua relação com os demais setores da economia. E frisou a importância de cada trabalhador rural contribuir no repasse de informações.

“O Censo agropecuário acontece a cada 10 anos e busca-se fazer uma fotografia geral de tudo o que está sendo pesquisado. E essa pesquisa servirá para fazer análises e gerar políticas públicas. É importante que todos os produtores entrem nessa pesquisa e deem a informação correta. O IBGE trata, cuida e transforma as informações em estatística e divulga para serem analisada. E se um produtor não entra na foto da pesquisa a sua região pode ser prejudicada e ela não terá informação para gerar políticas públicas. E essa foto que será tirada agora servirá de base para os próximos 10 anos, então é importante que todos produtores entendam a importância do censo agropecuário e se disponibilizem a dar a informação correta, porque quando não temos a informação correta acabamos dando um diagnóstico errado, e isso não será bom para o setor”, disse.

O gerente afirmou que a realização do Censo é de suma importância para a geração de políticas públicas para o setor e as informações coletadas nas atividades já ajudaram a desenvolver muitos projetos federais, tais como a Agricultura Familiar que colabora para a geração de renda e emprego no campo melhorando o nível de sustentabilidade das atividades do setor agrícola.

“A agricutura familiar por exempo vem sido estudada pelo resultado do censo desde 1985. O censo de 95 e 96 saiu um documento com o novo retrato da agricultura familiar, a metodolologia dessa pesquisa que foi baseada nos resultados dos dados do censo deu origem da lei da agricultura familiar o que levou muito recurso para o produtor. Então se você tem uma região que o pequeno produtor não informa, ali fica um vazio”, explicou.

De acordo com o chefe do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, o Estado terá uma equipe com cerca de 766 colaboradores, entre 547 recenseadores, 3 analistas censitários, 8 agentes censitários administrativos e 9 coordenadores estaduais e reforçou a importância da colaboração de todos os produtores rurais.

“Com a ajuda das parcerias e sociedade queremos sensibilizar os pequenos agricultores rurais para que recebam muito bem os nossos licenciadores e prestem a eles as informações que lhes foram solicitado.
Teremos recenseadores que pecorrerão 62 municípios divididos em 3.850 setores visitando as propriedades rurais em cerca de um milhão e meio de metros quadrados em um território cheio de peculiariedade geográfica.

Precisamos do apoio e a ajuda de todos os trabalhadores rurais”, disse.
Para o presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas), Muni Lourenço, as informações obtidas no censo serão de suma importância para mapear e conhecer melhor a realidade e as dificuldade do setor junto às suas atividades do dia a dia.

Carências na infraestrutura reveladas no Estado
“O Censo agropecuário é um estudo muito rico em informações e o último foi realizado há mais de 10 anos e nós precisamos ter em 10 anos muitas mudanças no perfil da atividade rural. Sem dúvida alguma veio em uma excelente hora para que nos ajude a conhecer melhor a realidade atual do setor primário do Estado do Amazonas. É um trabalho árduo de campo e é uma satisfação receber os recenseadores do IBGE. Os resultados desse Censo são fundamentais para criar as políticas e também servir de referência para tomadas de decisões no setor privado e de empreendimentos rurais no Amazonas quem vem apresentando uma tendência de crescimento em vários segmentos da atividade rural. O censo vai apontar por exemplo carências no que diz respeito a infraestrutura produtiva do setor rual, entraves na questão de escoamento da produção, dificuldade na recuperação de ramais, dificuldades de energia elétricas com qualidade e regularidade no interior do Estado. E a partir do resultado as autoridades venham priorizar políticas públicas e venham suprir essas dificuldades”, disse.

Muni enfatizou, que os resultados obtidos nas pesquisas serão uma ferramenta de suma importância para fortalecer ainda mais a ideia de criar uma economia alto sustentável, e defendeu o setor primário do Estado como alternativa ao modelos da Zona Franca.

“Graças a Deus hoje é um consenso entre as autoridades do governo e nós do setor privado de que é mais do que chegada a hora de que o Amazonas faça um grande esforço de interiorização e diversificação da sua economia, e que o setor rural se apresenta como uma das alternativas concretas de geração de emprego e renda no Estado, e o censo vai apontar isso com muita clareza”, explicou.

Como exemplo, o presidente citou vários produtos do setor primário com grande potencial de crescimento e desenvolvimento econômico, e citou a área da piscicultura , fruticultura e pecuária como grandes área promissora.

“O último Censo realizado pelo IBGE apontou o município do Rio Preto da Eva como líder do ranking nacional de produção de peixe com 15 mil toneladas. Além do peixe temos muitas outras áreas de grande potencial econômico como o açaí, e o abacaxi do Estado que em breve receberá o selo de identidade geográfica como o abacaxi mais doce do Brasil.

O próprio setor agropecuário que teve o reconhecimento nacional livre de febre aftosa”, disse ele.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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