Manaus, cidade-sede da Copa de 2014, foi o primeiro município, entre os 65, a receber a oficina de capacitação de gestores promovida pelo MTur (Ministério do Turismo). Durante o encontro que aconteceu no início desta semana foram apresentados projetos para pleitear cerca de R$ 70 milhões em recursos para serem aplicados em infraestrutura e modernização dos equipamentos turísticos.
Um dos planos de Manaus na preparação para a Copa é investir US$ 40 milhões (cerca de R$ 70,4 milhões), na melhoria da estrutura do sítio histórico e valorização dos atrativos turísticos locais. Mais de R$ 22 milhões serão direcionados para urbanizar e revitalizar a orla da Ponta Negra, um dos principais cartões postais da cidade. Os recursos deverão financiar, por exemplo, a elaboração do PDITS (Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável). Outras intervenções previstas com recursos do Prodetur são: Revitalização do Entorno do Paço da Liberdade, com o projeto de Plantio da Praça Dom Pedro 2; recuperação de Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade e revitalização do Parque da Ponta Negra.
O Ministério do Turismo assumirá a contrapartida de US$ 21.5 milhões do município no programa. O financiamento será da CAF (Corporação Andina de Fomento), organismo multilateral com sede na Venezuela. A carta consulta de Manaus foi aprovada pela comissão do governo federal que avalia as solicitações de empréstimos externos.
A capacitação conduzida pelo IMB (Instituto Marca Brasil) é uma ação do MTur que pretende melhorar a gestão nos 65 destinos indutores do desenvolvimento regional. “Trata-se das regiões turísticas trabalhadas pelo ministério para atingirem padrão internacional de qualidade, uma das metas do Plano Nacional de Turismo”, explicou Luiz Eduardo Barretto, ministro do Turismo.
Matriz para hotel de selva será discutida em Manaus
De acordo com informações do MTur (Ministério do Turismo), um novo encontro em Manaus deve acontecer no próximo mês de maio quando as lideranças do setor vão discutir a padronização da categoria Hotel de Selva. Esse tipo de empreendimento é um dos oito que serão objeto da nova classificação dos meios de hospedagem brasileiros. O projeto é parceria com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) e a SBM (Sociedade Brasileira de Metrologia).
As discussões para estabelecer as novas matrizes começam em 24 de fevereiro em Porto Alegre (RS), quando será discutida a matriz de Hotel Urbano. Os encontros, que serão realizados em diferentes municípios, estabelecerão critérios para oito tipos de empreendimentos: Resorts, Pousadas, Hotéis Urbanos, Flats, Hotéis Fazenda, Hotéis de Selva, Hotéis Históricos e os chamados “Cama e Café”.
A escolha dos locais está relacionada às características da região. Em Ouro Preto, por exemplo, serão definidos os padrões para Hotéis Históricos e em Tibau do Sul (RN), o objeto serão as Pousadas. Os outros locais que sediarão os encontros, além dos já citados, são Rio de Janeiro (RJ), Costa do Sauípe (BA), Vitória (ES) e Cuiabá (MT).
Segundo dados do CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas do Ministério da Fazenda) existem hoje no Brasil cerca de 28 mil estabelecimentos hoteleiros, mas apenas 6 mil deles estão cadastrados no Ministério do Turismo através do Cadastur, ou seja, cerca de 21% dos hotéis são reconhecidos pelo governo Federal. “É esta distância que o governo quer reduzir e, ao mesmo tempo, colaborar para a melhoria da qualidade dos equipamentos turísticos”, disse o ministro.
