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Manaus é escolhida para operações Smart Modular Technologies

Manaus foi escolhida para o início das operações da quarta unidade da multinacional Smart Modular Technologies no Brasil. Em outubro deste ano, o PIM (Polo Industrial de Manaus), contará com a produção de componentes para celulares e computadores. Os investimentos estão orçados no valor de R$ 137 milhões, em três anos. A expectativa é que a produção deva gerar até janeiro de 2022, 150 empregos.

Com o anúncio da chegada no Amazonas, o presidente e fundador da empresa, Rogério Nunes enfatiza a experiência de mais de 20 anos no mercado o que possibilitou planejamento e ações preventivas para garantir a continuidade da produção, mesmo em meio aos períodos de crises, como o atual desabastecimento global de componentes eletrônicos.

Segundo o presidente, quando surgiu a pandemia e a escassez de alguns produtos a empresa já havia contratado volumes por pelo menos três anos, o que nos colocou à frente. Além dos parceiros fortes, a experiência nesse mercado demonstrou que a cada dois anos esse problema acontece e que fez a fabricante implementar ações preventivas.

A fábrica em Manaus atuará no mercado de memória RAM, SSDs (Unidades de Armazenamento de Dados) e placas de circuito. “A demanda é crescente pelos produtos direcionados aos segmentos de computação e telecomunicações”, destaca o presidente. 

De acordo com Rogério Nunes, os planos vislumbram crescimento. Ele enfatiza que em 2020, o volume de computadores que utilizaram os módulos de memória da fabricante, chegou a 6,9 milhões. “Em 2021 esse número deverá alcançar o total de 8,1 milhões. Atenderemos a tecnologia 5G e às demais demandas relacionadas à conectividade”.

Ainda conforme o presidente, a maior parcela do saldo de R$137 milhões será aplicada de imediato na instalação da planta em Manaus e no início das operações. Outro investimento previsto pela Smart Brasil é de R$10 milhões ao ano. O valor será destinado, a partir de outubro deste ano, ao segmento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). “Os trabalhos acontecerão em parceria com um instituto de pesquisa da região, voltados ao desenvolvimento/melhorias de produtos e processos”, afirma ele. 

O presidente e fundador da empresa ressalta que o PIM concentra mão-de-obra qualificada e estrutura que viabiliza maior competitividade à empresa e aos clientes. “Constatamos o crescimento e entendemos que precisávamos expandir as atividades. Em Manaus, poderemos participar dos benefícios concedidos pelo modelo industrial e maximizar as condições de competitividade”, avaliou.

Atratividade

O PIM tem sido grande detentor de investimentos com o anúncio de novas operações este ano. Na reunião 290ª do Codam (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas), no último dia 22, foram aprovados 39 projetos, sendo 16 de implantação; 17 de diversificação e 6 de atualização. Na mesma linha, na Reunião 298ª do CAS, que será realizada no dia 30, estão em pauta mais de 30 projetos de implantação, diversificação, ampliação e atualização.

Na opinião do vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, a decisão dessas empresas se instalarem e investirem no PIM, demonstra que os empresários acreditam no modelo Zona Franca de Manaus. “Apesar de alguns sinais dissonantes emitidos por Brasília e que causam insegurança jurídica, os empresários estão confiantes para continuar com seus projetos na região. Outro fator que nos alegra, são os projetos de implantação. São novos produtos ou novas empresas que estão aportando investimentos no Polo Industrial e que sinalizam a ampliação dos empregos”, comemora.

Ele diz que o segmento acredita na retomada do crescimento econômico e na ampliação dos negócios na Zona Franca de Manaus. “Vamos ficar vigilantes para manter essa atratividade da região e avançar nesse projeto de desenvolvimento”. 

O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, reafirma a tendência de investimentos. “A possibilidade da Zona Franca receber, além de novas fábricas, a expansão e ampliação da sua linha de produtos elétricos, é aguardada pela indústria em função do que acontece em outros países, principalmente em função dos empregos que estes investimentos vão gerar. “Eu espero que se concretize o mais rápido possível”. 

Em novembro, está previsto o início das operações da empresa  Voltz Motors. A nova fábrica surge com  um aparato voltado à motorização elétrica. O aporte de investimentos chega a R$ 100 milhões, é o primeiro projeto relacionado a produção de motos elétricas no PIM.

“O estado do Amazonas, atualmente, é o principal polo de duas rodas do Brasil. Manaus está pronta para atender a cadeia de suprimentos desse setor, e os incentivos são os melhores”, conta Renato Villar, fundador da empresa  Voltz Motors.  Ele destaca que o investimento de R$100 milhões tem grande participação da Creditas, com R$ 95 milhões.

A Voltz já possui projetos aprovados e está iniciando os trabalhos para implantação, com meta para estar totalmente implantada em Manaus a partir do mês de novembro. “A operação em Manaus deve começar neste ano e centralizará toda a produção e montagem das motos elétricas”. A fábrica  planeja realizar um investimento inicial de mais de R$10 milhões e a capacidade anual de produção da fábrica será de aproximadamente 15 mil veículos/mês.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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