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Manaus cresce acima da média nacional

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O mercado imobiliário em Manaus deverá fechar o ano com um crescimento nas vendas de 18%. A estimativa é do presidente nacional do Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis), João Teodoro da Silva. De acordo com ele, o mercado local tente a superar a média do Brasil, que foi estipulada em 15%.
“Hoje, Manaus é um mercado muito atrativo. Tanto que o Amazonas está em segundo lugar entre os estados que mais vendem imóveis”, declarou o dirigente.
Silva destacou a importância dos jogos da Copa do Mundo como impulsionador para as aquisições de imóveis na região. E segundo ele, a previsão é que Manaus comece a se tornar uma cidade ainda mais verticalizada, acompanhando a mesma inclinação com os grandes centros. Para Silva, a principal razão para este novo cenário urbano é ocasionada pela falta de segurança. “Muitos acreditam que indo morar em um prédio estarão livres da violência”, complementou.
O presidente do Creci/AM (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado do Amazonas), Guilherme Paschoal, prevê que o mercado imobiliário se manterá aquecido por pelo menos oito anos, quatro anos no período pré-copa e quatro anos depois da fase do campeonato. Ele explica que por conta da alta estação do setor o número de corretores aumentou em ritmo de avalanche. Há oito anos, eram apenas cem em atuação, mas hoje este número saltou para 800. A estimativa da entidade é que a quantidade de profissionais trabalhando em Manaus aumente para 5.000 até 2014. “Por enquanto, estamos com um mercado concentrado internamente. Com a vinda das grandes construtoras, esse mercado irá atrair pessoas de outras regiões”, acrescentou Paschoal.

Receita em expansão

Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da PAS (Pesquisa Anual de Serviço), mostram que as empresas do setor imobiliário estão em uma boa maré desde 2008. Naquele ano, os empresários do ramo registraram uma receita bruta de R$ 72,45 milhões, quantia que representou um incremento de 44,89% em comparação a 2007 –quando foram embolsados R$ 50 milhões.
O aumento na transação de imóveis também beneficia o município, que ganha em cima do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis). A prefeitura fechou agosto com uma arrecadação de R$ 2,9 milhões, dígito quase que 80% a mais em relação ao mesmo período de 2009.
No acumulado do ano, o tributo já está na casa dos R$ 17 milhões, correspondendo à fatia de 6% da soma dos impostos que o município retém. O valor pode aparentar ser pouco, mas se colocar em comparação com o montante do ano anterior, cerca de R$ 13 milhões, a atual soma do ITBI de janeiro a agosto deu um salto de 37% para os cofres públicos.

Evento oferta 200 mil unidades com juros menores

O Salão Imobiliário de São Paulo começa amanhã com mais de 200 mil imóveis à venda, entre novos e usados, comerciais e residenciais.
Os preços começam em R$ 150 mil. Há oferta de unidades em todo o país e até no exterior, mas a maior parte está na Grande São Paulo.
A quinta edição do evento, promovido pelo Secovi/SP (Sindicato da Habitação de São Paulo) e pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em Santana.
O Banco do Brasil, o Bradesco e o HSBC vão participar do evento e oferecerão juros menores para quem iniciar ou efetuar o negócio no salão. A Caixa Econômica Federal, líder em empréstimos para habitação, também terá estande no feirão, mas não vai ofertar taxas diferenciadas.
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de Real Estate da USP (Universidade de São Paulo), um evento deste tipo é propício para quem está procurando um imóvel e quer “fazer um levantamento mais amplo’’.
No entanto, nem uma boa oferta, na sua opinião, dispensa a ida ao local, se possível em momentos diferentes -dia, noite, final de semana- para “entender a vizinhança’’, o que engloba escolas, comércio, transporte e segurança. “Você não mora em um apartamento apenas, todo o entorno faz parte.’’
Na sua avaliação, “os preços para habitação estão adequados’’, com elevação no valor devido ao aumento no custo da construção.
“Não há espaço para grandes deslocamentos [de uma empresa para outra], sob o risco de a concorrência tomar o seu mercado’’, completou.
Metade das moradias oferecidas no evento está fora do Brasil, de acordo com Marly Parra, diretora de feiras da Reed Exhibitions, sendo 50 mil na América Latina e a mesma quantidade nos Estados Unidos, principalmente na Flórida.
Nenhuma das moradias do evento se enquadra no Minha Casa, Minha Vida, cujo teto é R$ 130 mil. “O salão concentra a procura na cidade de São Paulo, não na periferia. E não há tanta oferta [do programa federal] na capital’’, explicou Marly.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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