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Manaus ainda é a 7ª cidade mais populosa do país, aponta IBGE

Com 52,8% dos habitantes do Estado, Manaus já contabiliza mais de 2,25 milhões de pessoas, com crescimento de 1,64% em relação ao dado de 2020 (2,22 milhões) e acréscimo de 1,69% ante o patamar de 2019 (1,18 milhões). A cidade ainda é a mais populosa da região Norte e a sétima em todo o país. Mas, dada a concentração da população na capital, o Amazonas (quase 4,27 milhões) segue atrás do Pará (praticamente 8,78 milhões), em termos de contingente populacional, além de estar na 13ª posição do ranking nacional. 

A Região Metropolitana de Manaus concentra 64,8% da população do Estado, em sintonia com a revelação de que mais da metade da população brasileira está concentrada em apenas 5,8% dos municípios. Em contraste, quatro cidades do Amazonas contam com menos de 10 mil habitantes (Japurá, Itamarati, Silves e Itapiranga) e oito registraram declínio de população (Fonte Boa, Itamarati, Japurá, Jutaí, Santo Antônio do Içá, Tapauá, Tefé e Urucará). Os dados são das Estimativas de População 2021, divulgadas pelo IBGE, nesta sexta (27).

Com praticamente 4,27 milhões de habitantes, o Amazonas apresentou crescimento de 1,48% na sua população, no confronto com os dados de 2020 (4,21 milhões), graças ao incremento do contingente de 54 de seus municípios no período assinalado. A RMM concentra 2,7 milhões de habitantes, ou 64,8% da população do Estado, ocupando a 11ª colocação no ranking nacional.

De acordo com o estudo do IBGE, a soma das 28 regiões metropolitanas e aglomerações urbanas com 1 milhão de habitantes possuem mais de 100 milhões de habitantes, o que equivale a 47,7% da população do Brasil. Pelo menos 20 delas têm como sede um município da capital, enquanto oito têm como sedes municípios do interior dos Estados. 

Excluindo a capital Manaus, os cinco municípios mais populosos do Amazonas são Parintins (116.439 habitantes), Itacoatiara (104.046), Manacapuru (99.613), Coari (86.713) e Tabatinga (68.502). Na outra ponta, as cinco cidades amazonenses com menor população são Japurá (1.755 habitantes), Itamarati (7.777), Silves (9.289), Itapiranga (9.312) e Amaturá (11.934).

Em todo o país, o município de São Paulo continua sendo o mais populoso, com 12,4 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,8 milhões), Brasília (3,1 milhões), Salvador (2,9 milhões), Fortaleza (2,7 milhões), Belo Horizonte (2,5 milhões) e Manaus (2,2 milhões). Dos 17 municípios do país com população superior a um milhão de habitantes, 14 são capitais. Esse grupo concentra 21,9% da população ou 46,7 milhões de pessoas.

Na outra ponta, com apenas 771 habitantes, Serra da Saudade (MG) é a cidade brasileira com menor população. Outras três também têm menos de mil habitantes: Borá (SP), com 839 habitantes, Araguainha (MT), com 909, e Engenho Velho (RS), com 932 moradores.

Censo e pandemia

O estudo, com data de referência em 1º de julho, leva em conta todos os 5.570 municípios brasileiros, e é um dos parâmetros utilizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para o cálculo do FPM (Fundo de Participação de Estados e Municípios), além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos. A iniciativa também busca compensar o vácuo gerado pelo atraso na realização do Censo – previsto para o ano passado e adiado novamente neste, por falta de orçamento disponível.

O IBGE explica que as estimativas municipais de população refletem o crescimento populacional delineado nos últimos dois censos demográficos (de 2000 e de 2010) e da Projeção de População prevista para 2021 para os Estados brasileiros, atualizada em 2018. “O Censo de 2022, por sua vez, atualizará o quantitativo populacional dos municípios, além de toda uma gama de novas informações demográficas, importantes para se traçar o futuro da população no país”, acrescentou o IBGE-AM, no texto de divulgação da pesquisa.

No mesmo texto, o órgão federal de pesquisas assinala que a pandemia “certamente” têm implicações nos números na população, e que dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um “excesso de mortes” e uma diminuição dos nascimentos “além do esperado”. Mas, explica que não há como conferir isso. 

“A pandemia ainda está em curso e, devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que, juntamente com a mortalidade e fecundidade, constituem as componentes da chamada dinâmica demográfica”, ainda não foi elaborada uma projeção da população para os Estados e Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população”, explicou o IBGE-AM.

“O próximo Censo, que será realizado em 2022, trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto, mas também no médio e longo prazo”, emendou o gerente da pesquisa, Márcio Mitsuo Minamiguchi,, em texto postado no site da Agência de Notícias IBGE.

Variações positivas

Indagado pela reportagem do Jornal do Commercio sobre eventuais impactos econômicos dos dados divulgados na sondagem de populações, o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, explicou que justamente por motivo dessa lacuna na base de dados não é possível fazer conjecturas nesse sentido.

“As estimativas populacionais, em termos de Estados nortistas, mostram a predominância da população paraense na região. Mas, em termos de metrópole, Manaus se destaca como a maior, concentrando quase 53% da população do Amazonas, e sendo a sétima cidade mais populosa do país. Quanto aos municípios, a maioria vem variando a população de forma positiva, e apenas oito estão em decréscimo. Mas, é necessário que venha o Censo de 2022 para que haja atualização na população dos municípios”, arrematou.

Foto/Destaque: Divulgação

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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