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Manaquiri vai concentrar mais de 40% dos insumos para pólo de biocosméticos

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Com a estimativa de produzir inicialmente 36 toneladas de óleos essenciais por mês, o município de Manaquiri, a 60 km de Manaus, pode concentrar mais de 40% da base de insumos para o pólo de cosméticos do Estado. A informação é do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas) em Manaquiri, que estimou impactos significativos na economia local com geração de emprego e renda a mais 300 pessoas a partir de meados do segundo semestre deste ano.
A unidade fabril, cujo investimento gira em torno de R$ 280 mil provenientes de recursos públicos e parceiros internacionais, tem cerca de 250 m² de área construída e foi instalada no km 4 da rodovia AM-354 que liga a capital amazonense àquele município. O início das operações de beneficiamento de essências está marcado para o apróximo dia 9 de maio, data que coincide com a outorga do selo de inspeção pela autoridade sanitária do Estado a Coopfitos (Cooperativa Mista de Produtores e Beneficiadores de Fitoterápicos e Fitocosméticos de Manaquiri), responsável pela fábrica.
O gerente geral do Idam/Manaquiri, Luiz Alberto Platini, explicou que, além do apoio da prefeitura, que cedeu o espaço no distrito industrial, o empreendimento recebeu aporte financeiro do Provarzea (Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea) e do MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) para sua construção e aquisição de maquinário. “Queremos atrair cada vez mais investimentos para concentrar em Manaquiri a base da produção de insumos para as indústrias que queiram investir no pólo de cosméticos do Estado, por isso consideramos a inauguração dessa fábrica o passo mais importante nesse sentido”, acentuou Platini.
A gerente da Uaca 1 (Unidade de Atendimento Coletivo de Agronegócios) do Sebrae-AM, Wanderléia Oliveira, disse que no projeto da fábrica, além da usina de beneficiamento dos óleos de babaçu, andiroba, tucumã, açaí, bacaba, patauá e castanha-da-amazônia, estão previstos a criação de um centro de mudas destinadas ao manejo florestal e do núcleo de cosméticos avançado, que também vão proporcionar renda aos filhos e mulheres dos extrativistas.
“Esse volume de extração terá como carros-chefes o óleo de babaçu e andiroba, que exigem manejo em áreas muito extensas, por isso passamos quase dois anos fortalecendo a idéia do cooperativismo junto à mão-de-obra local”, afirmou a gerente.

Renda mensal dos cooperados deve atingir R$ 760

Wanderléia Oliveira ressaltou que o início das operações da usina poderá proporcionar aos 39 participantes da Coopfitos uma renda extra mensal no valor de R$ 760, atingindo também a unidade de produção de essência de cupuaçu e maracujá do município do Careiro/Castanho. “Estimamos que o total de quatro comunidades do Careiro englobem o ciclo produtivo da nova usina, resultando na participação direta de 250 pessoas nesse adensamento”, explicou a executiva, acrescentando que a Coopfitos já despertou interesse de empresas de fitoterápicos e cosméticos nacionais atraídas pela possibilidade de absorver toda a produção de óleo de tucumã e açaí.

Escala
industrial
Na opinião do secretário- executivo da Sepror (Secretaria de Estado da Produção Agropecuária, Pesca e Desenvolvimento Rural Integrado), Ferdinando Barreto, o início da produção de óleo essencial em escala industrial pode impactar de forma positiva no volume das exportações estaduais de essências e produtos derivados a partir de setembro deste ano. O executivo afirmou que o Amazonas tem condições de expandir sua participação no mercado interno como fornecedor de óleos essenciais, já que possui áreas com grande potencial de exploração e projetos que agregam valores aos produtos.
Dados do MDA apontam que, no ano passado, os embarques de óleos essenciais renderam ao país mais de US$ 102 milhões, referentes a 95 toneladas produzidas destinadas à França, Espanha, Japão e EUA. O aquecimento do mercado, segundo o MDA, está diretamente relacionado ao crescimento mundial do setor de aromas e fragrân

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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