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Contratação de temporários cresce 20,6% no ano passado

Confirmando as projeções, a modalidade de contratação temporária garantiu percentual positivo em 2021 e fechou o ano com aumento de 20,6% com relação ao ano anterior.  Segundo a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), a modalidade foi responsável por gerar 2.415.419 vagas temporárias no Brasil em 2021, quantitativo maior frente às 2.002.920 vagas geradas em 2020. 

O presidente da associação, Marcos de Abreu, afirma que o ano de 2021 foi muito bom para o Trabalho Temporário. “Celebramos o Decreto nº 10.854/2021, o crescimento nas contratações temporárias por todos os setores da economia, a parceria com a Acnur ( Agência da ONU para Refugiados) e a valorização da modalidade pelas empresas que a utilizaram e conquistaram resultados satisfatórios”.

De forma positiva, o Amazonas também seguiu esse movimento. Apesar de não divulgarem recorte regional, Cilene Herbster, diretora regional Norte Asserttem vê como satisfatória a atuação do mercado local nas contratações. “Já que o polo industrial demanda bastante este tipo de contratação, um regime jurídico atípico, regulado por Lei Federal, a 6.019/74 e regulamentada pelo Decreto 10.854/21. Assim como ocorreu no país, o Amazonas também cresceu em vagas temporárias, utilizadas principalmente para atender a demanda da indústria, e posteriormente, do comércio, para dar vazão a esta produção”. 

A diretora regional Norte da associação, diz que em razão do Covid-19, muitas vagas foram fechadas, dado o impacto que o mercado sofreu, entretanto, a demanda por produtos continuou, mesmo que de forma remota, fazendo com que a indústria encontrasse uma alternativa para atender a estes consumidores. “A solução foi a contratação de trabalhadores temporários, fazendo com que dessa forma, o fluxo de contratação acompanhasse a oscilação do mercado”, enfatiza.

Puxada pela indústria, seguida do comércio, e do setor de serviços as oportunidades dinamizaram o mercado que ganhou ainda mais força no Amazonas. “Para 2022, o comércio deve retomar as contratações, principalmente nas datas sazonais, e o setor de serviços, que ainda se encontrava contido, vem aos poucos repondo vagas”. 

Demanda deve manter-se em 2022

As contratações por meio do Trabalho Temporário – que visa atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de trabalho – devem seguir em alta em 2022, segundo a associação. 

As empresas continuam receosas e inseguras quanto ao mercado, isso em razão do clima, da pandemia e do próprio cenário político do país, que interfere na economia, mas acreditamos que o Trabalho temporário continuará a ser utilizado, mais ainda neste quadro de incertezas.

“O crescimento de contratações em todos os setores em 2021, com a geração de mais de 2,4 milhões de vagas temporárias, o que reforça o importante papel que o Trabalho Temporário vem desempenhando no Brasil, e na pandemia, sendo uma solução para as empresas e combate ao desemprego”, reitera Cilene.

A taxa de efetivação dos temporários em contratos efetivos (CLT), subiu em 15% no ano de 2021, onde 531 mil pessoas conseguiram se recolocar no mercado de trabalho. Sendo um processo mais ágil do que a abertura de um processo seletivo com as suas etapas de entrevistas, aprovação e treinamento.

Abreu salienta que observou a efetivação dos temporários subir de 15% em 2019 para 22% em 2021. “Com isso, são mais de 531 mil profissionais que se recolocaram no mercado de trabalho neste ano por meio da modalidade”, frisa Abreu.

“Mas continuamos com um olhar cauteloso com relação às contratações, principalmente no primeiro trimestre do ano, devido a fatores como as incertezas do mercado, o clima e a nova variante ômicron, um cenário em que as empresas estão receosas com o futuro e seguram a abertura de novas vagas”, ressalta Abreu.

Para ele, o setor da Indústria deve reduzir o alto ritmo de contratações que foi verificado nos anos de 2020 e 2021, mas ainda se apoiará no Trabalho Temporário para atender suas demandas. “Já o Comércio deve retomar as contratações, principalmente nas datas sazonais; e o setor de Serviços, que estava contido, vem aos poucos repondo suas vagas e utilizando a modalidade para isso”, conclui.

Regime jurídico atípico

O presidente Asserttem explica que o Trabalho Temporário é um regime jurídico atípico, permitindo uma contratação e demissão sem grandes entraves. “Por isso, as empresas que conhecem a modalidade se arriscam mais, porque as ações são rápidas, flexíveis e seguras juridicamente”, frisa. “Com a pandemia e a insegurança geral das empresas com relação às contratações, a modalidade ganhou destaque no Brasil e no mundo por sua eficiência”, reforça.

De acordo com ele, com a Covid-19, boa parte das empresas demitiu profissionais permanentes, o que resultou em um aumento das vagas temporárias para atender a demanda aquecida a partir do segundo semestre de 2020.

“O quadro de insegurança levou a uma situação em que o empresariado prefere preencher os postos com temporários, pois se precisar efetivá-los, esse processo é muito mais ágil do que a abertura de um processo seletivo que exigirá entrevistas, escolha e treinamento”, afirma.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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