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Mais compras digitais no Natal em relação ao ano passado

Mais compras digitais no Natal em relação ao ano passado

Mantendo o sucesso das vendas pela internet, o e- commerce brasileiro, eleva a expectativa para uma das datas mais importantes no varejo, o Natal. A tendência de crescimento nominal é de 54%, em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa da AbComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Neotrust, apontou que o faturamento do setor deve chegar a marca de R$ 21,7 bilhões em 2020. 

O comércio eletrônico vem registrando uma acelerada escala de crescimento ao longo dos meses. Entre abril e setembro, 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra pela internet. A associação registrou ainda a criação de mais de 150 mil novas lojas online no período. Outro estudo da Neotrust Compre&Confie, em parceria com a ABComm, indicou que o número de transações no comércio eletrônico, entre janeiro e agosto de 2020, cresceu 80%. O faturamento foi 75,5% maior em relação ao mesmo período de 2019.

O presidente da ABComm, Maurício Salvador, destaca que o sucesso no setor foi uma questão de sobrevivência. “Ou vendiam online, ou não vendiam. Esses milhões de consumidores e milhares de empresas continuarão comprando e vendendo pela Internet, mesmo passada a pandemia”. 

Para o Natal deste ano, a ABComm estima que o tíquete médio dos presentes de Natal comprados pela Internet será em torno de R$ 470, um aumento de 3% em relação ao valor médio gasto no Natal passado.

Segundo André Dias, Fundador da Neotrust e Diretor de Inteligência na ABComm, esse ano haverá um grande aumento de consumidores que compram nas lojas virtuais e mandam entregar os presentes direto na casa de parentes e amigos. “Para atrair mais compradores, as lojas virtuais podem oferecer o serviço de embalagem para presentes, podendo até mesmo cobrar um adicional por isso”, diz Dias.

Confiança do consumidor

Além dos consumidores estarem dispostos a fazer compras pela internet, a relação entre custo x  benefício é um dos fatores considerados importantes na hora da escolha. É o caso da esteticista Katarini Freitas, que não poupou este ano e vai priorizar as compras online e presentear parte da família. “A pandemia, além de causar distanciamento, ajudou as pessoas mudarem os hábitos. Eu passei a investir nos canais online para fazer compras. E eu percebi que além da comodidade garimpando com paciência, os preços são bem mais em conta”. 

A estudante Stephanie Lobo também se rendeu a modalidade de compra. Ela diz que pela internet existe a possibilidade de fazer comparação de preços, além do conforto de fazer tudo de casa. “As compras nos canais virtuais nos dão a liberdade de escolher o produto com mais tranquilidade. Sem precisar ir às lojas físicas e ter que enfrentar aglomerações. Desde o início da pandemia eu aderi às compras on-line”,  diz a estudante que garante que encontrou conveniência ao comprar pela internet. 

Vantagens

Para o consultor financeiro Antônio Júnior, a modalidade de compra para o Natal tem suas vantagens: comparar preços nas lojas físicas é uma tarefa desgastante e cansativa. A pessoa precisa percorrer diversos lugares anotando preços e modelos do que vai comprar. Se for no shopping é um pouco mais fácil, por estar em um ambiente só com ar condicionado e diversas lojas disponíveis. Mas caso opte pelo Centro da cidade ou lugares de alta concentração de comércio como o Vieiralves, tem que andar a pé ou de carro e ainda tem o custo de estacionamento.

Ele ainda ressalta que optando por comprar on-line você navega por diversos sites, e aplicativos de comparação de preços como o Buscapé, tudo do conforto da sua casa poupando tempo e dinheiro. Além disso, caso você não goste do que comprou pela internet. Pode devolver em até 7 dias sem pagar nada. Na loja física você não pode devolver simplesmente porque não gostou.

“Nesse momento de pandemia, uma outra vantagem é ficar longe de aglomerações e poder fazer suas comprar tranquilamente. A maioria das promoções estão na internet, mesmo no Natal e fim de ano essas promoções continuam. Ao contrário de lojas físicas onde os preços aumentam consideravelmente perto das datas festivas”

Um universo de opções 

Felipe Dellacqua, VP de vendas e sócio da VTEX, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce presente em mais de 30 países, além de alimentação, setores como como móveis, decoração, material de construção, itens de cama, mesa e banho e material de escritório tiveram forte crescimento neste ano de pandemia.

Sobre o Natal, entre 10 e 24 de dezembro, a EbitNielsen divulgou que a expectativa é de aumento de 30% em vendas no e-commerce. De acordo com a Compre&Confie, 62% dos entrevistados afirmaram que neste Natal irão manter ou aumentar os gastos com presentes para familiares imediatos. Em média, os entrevistados devem comprar 36 itens com ticket médio menor que na Black Friday.

“Esse é um Natal diferente dos outros pela variedade de opções dos lojistas que antes não faziam venda por esse canal e hoje estão conectados devido à pandemia. Um outro detalhe importante é que o modelo de compras por Whatsapp direto da loja física ganhou uma escala grande e hoje faz parte do varejo físico. Então, muitas compras de Natal deverão ser feitas pelo Whatsapp com retirada na loja”, explica Felipe Dellacqua, vice-presidente de vendas e sócio da VTEX.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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