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Maior cotação em quatro anos

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,62%, a R$ 2,275, enquanto o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,44% a R$ 2,280, e atingiu o maior patamar em quatro anos. Investidores aproveitaram o dia para retirar recursos do país para aplicar em ativos mais seguros antes da divulgação, na quarta-feira, do resultado da reunião de política monetária do Fed. Eles temem que o banco central dos Estados Unidos sinalize uma possível redução em seu programa de estímulo monetário, que tem garantido alta liquidez internacional e alimentado o apetite dos investidores por moedas de países emergentes.
A pressão de alta da moeda americana ocorreu em duas frentes, segundo operadores, com investidores retirando recursos do país no mercado à vista e se desfazendo de posições no mercado de derivativos cambiais, como contratos de dólar futuro e de cupom cambial.
“O país está com problema de fluxo, por isso começa a se acentuar a falta de dólares no mercado à vista”, disse o diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. No mês até o dia 19, o fluxo cambial estava negativo em US$ 2,484 bilhões, segundo dados do BC.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa ontem pressionada pelos papéis da Vale e da Petrobras e em dia de divulgação de resultados dos bancos Itaú Unibanco e Santander Brasil.
Os investidores aguardam ainda a divulgação de dados econômicos da China, nesta noite, e dos Estados Unidos, amanhã.
“Amanhã o Fed (Banco Central americano) se reúne e o mercado vai avaliar informações que possam apontar para mudanças de postura na estratégia de recompra mensal de US$ 85 bilhões em títulos públicos do país”, afirma Márcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora.
No cenário doméstico, a Bolsa foi afetada pela queda nos papéis de Vale e Petrobras. “Houve uma queda razoável nessas ações na última semana, e como o investidor que está no mercado prioriza o curto prazo, acabou vendendo os papéis e realizando lucro”, afirma Cardoso.
Os papéis preferenciais da Vale fecharam em queda de 1,87%, a R$ 28,36, enquanto os ordinários caíram 2,45%, para R$ 31,06. As ações preferenciais da Petrobras encerraram a sessão com baixa de 1,32%, a R$ 16,46, e as ordinárias perderam 2,46%, a R$ 15,49.

Bancos apresentam lucros maiores

O dia foi marcado pela divulgação de resultados de Itaú Unibanco e Santander. O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, anunciou que encerrou o segundo trimestre desse ano com lucro líquido contábil de R$ 3,583 bilhões, alta de 8,44% em relação a igual período do ano passado.
Também nesta manhã, o Santander Brasil anunciou que lucrou R$ 501 milhões no segundo trimestre deste ano, com queda de 9,73% ante igual período de 2012 e recuo de 17,8% em relação ao primeiro trimestre. Os números, no entanto, superaram as expectativas de analistas.
“Acreditamos que o resultado possa ser recebido como positivo, dado que o banco [Itaú] conseguiu entregar resultados consistentes. De fato, o banco ainda sofre influências negativas das próprias condições de mercado. Porém vale ressaltar que os níveis de spread e margem com clientes mostram sinais de estabilização e até crescimento para a instituição”, diz o analista, William Alves, da XP Investimentos.
Alves, porém, não vê boas perspectivas ao Santander Brasil. “O banco [Santander] continua a apresentar crescimento vagaroso em suas operações, níveis de inadimplência desconfortáveis e indicadores de retorno abaixo da média”, afirma. “Ainda sob influência das condições de mercado aliadas a mudança no mix de sua carteira, o banco [Santander] deve apresentar dificuldades em se desvencilhar de sua tendência negativa nos próximos trimestres”, completa.
As ações do Itaú fecharam em alta de 0,79%, a R$ 29,22. Os papéis do Santander subiram 1,24%, a R$ 13,87.
Entre as maiores baixas, os destaques ficaram com as ações ordinárias da Usiminas (-6,25%), as ordinárias da Oi (-4,50%) e as de mesmo tipo da CSN (-5,92%).
As maiores altas foram registradas pelas ordinárias da Cielo (1,76%), as units do Santander (1,24%) e as ordinárias da BRF (1,24%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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