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Magistrado de escola

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Este mês o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas inaugurou o auditório desembargador Ataliba David Antonio.Uma cerimônia em que compareceram autoridades como o presidente do Tribunal de Justiça, o prefeito de Manaus, além da família e amigos, abriu as portas de um espaço moderno com amplas condições de abrigar os mais importantes eventos relacionados à Justiça local, com todas as facilidades tecnológicas e estrutura para dar total conforto para grandes platéias e confe rencistas.O principal aspecto do evento diz respeito, no entanto, ao nome do homenageado.O TJA ao prestar honras ao falecido magistrado, resgata o salutar hábito de lembrar pessoas de vida impoluta, de conduta ilibada,como influência positiva para gerações de novos julgadores.

Breves notas a respeito da vida desse nobre homem da Justiça são elementos preciosos para frutificar esse bom exemplo.O desembargador Ataliba David Antonio foi um dos exemplos mais vivos do que os norte-americanos denominariam de self made man. O magistrado alvo da aludida distinção é oriundo de uma família de emigrantes sírios que vieram do litoral daquele antigo país para fugir da intolerância e belicosidade do Império Otomano. Após, um período na cidade de São Paulo, encontraram no Amazonas, mais precisamente na cidade de Manacapuru um porto seguro, local, onde o pequeno Pedro como era carinhosamente chamado por seus pais entre as brincadeiras típicas de criança, aprendeu a admirar o comportamento do magistrado daquela cidade do médio Solimões. Sentado na calçada de sua casa dizia para si mesmo “é essa profissão que quero ter quanto crescer”.
O menino Ataliba veio para Manaus e passou a trabalhar e estudar para atingir esse propósito. Muitas vezes, após, um árduo dia de labuta, ponderava como era dolorido ao fim de um longo período de trabalho iniciado ain da de madrugada seguir para faculdade de Direito a estimada jaqueira na Praça dos Remédios.Nesses momentos repetia um mote visceralmente importante para sua formação, que transmitiu a seus filhos e netos “se não estudar vou continuar desse jeito para o resto da vida”. O tempo passou e o jovem Ataliba se fez com o estudo promotor de Justiça trabalhando por quase dez anos em Comarcas como sua querida Manacapuru e Bejamin Constant. Já casado com Olinda Carim Antonio, em 1961, foi nomeado para exercer o cargo de Juiz de Direito de 1ª Entrância na Comarca de São Paulo de Olivença.

Ulteriormente passou por Comarcas importantes como: Borba e Itacoatiara . Nessas cidades desempenhou o sagrado mister da magistratura, levando a justiça aos mais carentes, aperfeiçoando grandemente aspectos de sua personalidade, dentre os quais a humildade, marca que o notabilizou até os seus últimos dias físicos.

Na capital ocupou diversas e honrosas posições judicantes, abarcando da 10ª Vara de Menores, 8ª Vara Criminal ao Tribunal do Júri onde apreciou e julgou com serenidade alguns dos casos mais polêmicos de seu tempo. Foi em 1975, guindado ao cargo de juiz de Direito subs tituto de desembargador nos termos da lei de organização judiciária vigente.

No pretérito ano de 1990, num ato de resgate ético do Egrégio Tribunal de Justiça foi promovido por entendimento unânime de seus pares ao cargo de desembargador do mesmo tribunal. No segundo grau exer­ceu diversas e importantes funções, dentre as quais como membro da comissão para elabo­rar o Regimento Interno do Conselho dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, integrando, ainda a Comissão Técnica encarregada de analisar o Programa de Distribuição de 2º Grau e a Comissão Examinadora do concurso para Provimento do Cargo de Juiz Substituto da Magistratura do Estado do Ama­zonas. Ocupou com mérito a vice-presidência do Tribunal Re­gional Elei­toral, assumindo por diversas ocasiões sua presidencia.
O desembargador Ataliba Da­vid Antonio não restringiu seu existir no entanto a Academia e a Judicatura.O desembargador completou sua laboriosa vida com títulos muito mais importantes do que aq

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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