Vidro? Plástico? Em breve, talvez tenhamos mais uma opção para listar nas especificações de materiais nas telas dos celulares. A pesquisadora Junyong Zhu, em parceria com cientistas das universidades de Maryland e Colorado, nos Estados Unidos, desenvolveu um material transparente à base de madeira que, segundo os pesquisadores, pode substituir o vidro em praticamente todas as suas aplicações atuais.
Em um artigo publicado no Journal of Advanced Functional Materials, a cientista explica que o novo material oferece um desempenho térmico e luminoso apropriado, próximo do vidro, com a vantagem de ser três ordens de magnitude (mil vezes, de 3 MJ mˉ³ contra 0,003 3.03 MJ mˉ³ do vidro) mais resistente e mais de cinco vezes superior em termos de condutividade térmica.
No caso da última característica, Zhu explica que ela ajudaria no uso do material em janelas, mantendo a temperatura interna em dias de frio de maneira mais eficiente, economizando o uso do ar condicionado.
Outra vantagem apontada é o fato do material ser sustentável, criado com base na madeira da balsa — popular entre aeromodelistas e na fabricação de maquetes —. Ela é tratada com um banho químico que remove sua cor e depois com álcool polivinílico (PVA, na sigla em inglês).
Além da resistência superior e da absorção de impactos, a madeira não estilhaça e tem uma certa flexibilidade — até o ponto em que se parte ao meio. Os cientistas afirmam ainda que o material é mais leve, resultando em um material menos perigoso combinando as suas características.
Startup cria projeto para desenvolver construções na Lua usando impressão 3D
A startup ICON, que trabalha com tecnologias de construções inovadoras, lançou o projeto Project Olympus para desenvolver sistemas de construção no espaço. O projeto será financiado pelo contrato Small Business Innovation Research (SBIR), que envolve fundos da NASA, para iniciar a pesquisa e o desenvolvimento do sistema. Se tudo correr bem, o projeto poderá ajudar a humanidade a se estabelecer na Lua e em Marte.
Jason Ballard, CEO da ICON e co-fundador da empresa, explica que a empresa sempre pensou em construções fora do nosso planeta: “é um progresso bem natural pensarmos nas formas como a construção aditiva e a impressão 3D poderão criar um futuro melhor para os humanos”, diz em um comunicado da empresa. “Estou confiante que aprender a construir em outros mundos também vai fornecer os avanços necessários para solucionar os desafios de habitação que enfrentamos”. O contrato SBIR foi assinado com a Força Aérea dos Estados Unidos para apoiar a expansão dos recursos da impressão 3D. A proposta, de U$ 14, 55 milhões, terá quatro anos de duração — a NASA contribuiu para 15% deste valor.
Oi ativa sinal 5G em Brasília e acirra disputa com rivais
A Oi está inaugurando nesta quarta-feira a sua primeira operação comercial de internet móvel de quinta geração (5G). O lançamento é no Plano Piloto de Brasília, com a promessa de cobrir 80% da cidade com o sinal. Com isso, a Oi se junta às rivais Claro e Vivo, que começaram a ativar o 5G em São Paulo, Rio e mais algumas capitais do País desde julho, e à TIM, que está começando por algumas cidades do interior. A Vivo também está inaugurando a sua rede 5G nesta semana em Brasília.
As teles estão oferecendo o 5G por meio da tecnologia DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, da sigla em inglês), que pega “emprestado” um pedaço das faixas de radiofrequência nas quais já trafegam os sinais do 4G. O 5G DSS representa um avanço na conexão, mas ainda está abaixo da velocidade alta de navegação e da latência baixa, principais vantagens do 5G “definitivo”.