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Lula pede aumento da produção de alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quinta-feira, na Holanda, que os recentes aumentos nos preços dos alimentos indicam que é necessário produzir mais em nível mundial, mas que não se pode culpar o investimento nos biocombustíveis pela pressão nos preços.
Em declarações concedidas após uma reunião com o primeiro-ministro holandês, Peter Balkenende, Lula afirmou que o aumento dos preços dos alimentos se dá pelo fato de “as pessoas pobres estarem começando a comer”, em lugares como China, Índia e América Latina.
“A solução é produzir ma-is, e não me digam que o aumento de preços é por causa dos biocombustíveis”, afirmou Lula, que iniciou na quinta-feira uma visita oficial de dois dias à Holanda.
Lula afirmou que no Brasil há produtos como leite e feijão, cujos preços sofreram mais pressões em nível doméstico, mas afirmou que esta é uma questão “fácil de resolver”, já que o país tem território suficiente para produzir em maior escala.
O presidente respondeu assim a uma pergunta sobre o aumento da inflação no país, que em março subiu pa-ra 0,48%, o maior nível para o mês desde 2005.
Além disso, a taxa acumulada nos três primeiros meses do ano foi de 1,52%, acima dos 1,26% registrados no mesmo período de 2007; e o índice anualizado até fevereiro foi de 4,73%, igualmente superior aos 4,61% registrados no período de análise anterior.
Já Balkenende ressaltou que a inflação em nível internacional também passa por um momento de crescimento, impulsionada pelo aumento dos preços da energia, por isso insistiu na importância dos biocombustíveis.
Antes da reunião, Balkenende declarou que a questão da sustentabilidade ambiental dos biocombustíveis ganha cada vez mais espaço. “É preciso produzir mais, mas de forma sustentável”, destacou o primeiro-ministro holandês.
Na coletiva, Lula reiterou que o país quer aprofundar a cooperação com a Holanda no setor de biocombustíveis, e lembrou que a União Européia estipulou como meta fazer com que, em 2020, 10% dos carburantes utilizados no bloco sejam de origem biológica. “Existem enormes possibilidades de aumentar a cooperação bilateral”, afirmou Lula, que lembrou que o Brasil “vive um momento muito especial”, no qual são combinados crescimento com baixa inflação e aumento simultâneo da demanda interna e externa.
Lula lembrou que o Brasil tem “um potencial estupendo” em biocombustíveis, especialmente em bioetanol, embora também comece a trabalhar no biodiesel. “Muitas empresas holandesas já investiram no Brasil, e quero voltar com a certeza de que, após esta viagem, a confiança entre os dois países aumentou”, acrescentou.
Peter lembrou que a Holanda é o segundo maior investidor externo no Brasil depois dos EUA, porque seu país “tem muito a oferecer” aos brasileiros em áreas como transporte, logística e agricultura. Insistiu ainda no objetivo de apoiar o Brasil na reforma da ONU, na promoção dos direitos humanos e na luta contra a mudança climática e a favor dos biocombustíveis, “sempre com critério de sustentabilidade”.

Preços elevados podem trazer inflação

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse que “a inflação pode ter voltado” ao mundo por causa do aumento dos preços dos alimentos e da energia, mesmo com a desaceleração generalizada.
Em entrevista coletiva antes da assembléia do primeiro semestre do FMI e do Banco Mundial, Strauss-Kahn afirmou que a economia mundial está “entre o gelo e o fogo”.
O gelo é um arrefecimento da atividade, que deixará o crescimento do planeta em 3,7% este ano. Ao mesmo tempo, a inflação subiu. Strauss-Kahn disse que o aumento dos preços dos alimentos “pode solapar todos os avanços na redução da pobreza”. Ele atribuiu este avanço em parte pelo aumento dos cultivos para biocombustíveis e recomendou eliminar as barreiras que limitam um desenvolvimento do fornecimento de alimentos.
Strauss-Kahn disse que em alguns países africanos o aumento destes preços representará uma pio

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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