A reunião Conselho de Administração da Suframa, ocorrida ontem, foi marcada também por sérias reivindicações de representantes dos segmentos da indústria, comércio e frentes sindicais.
Durante seu discurso na plenária, o presidente da Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, disse que, após a classificação dos celulares como bens de informática, a valorização do real frente ao dólar enfraqueceu a balança das exportações do Pólo Industrial de Manaus. O dirigente disse acreditar que os telefones celulares representam um dos segmentos mais importantes na exportação.
“Ocorre que, desde o início da implantação dessas fábricas no Estado do Amazonas, não demos a atenção devida a este segmento. Temos que repensar, até com certa premência, a inclusão dos celulares na lista dos bens de informática”, ressaltou o dirigente.
Loureiro lembrou a polêmica levantada pelo ministro das Comunicações Hélio Costa sobre a incapacidade do Amazonas de atender à demanda do mercado interno por set-top boxes a preços mais competitivos em relação a outros centros fabris como um assunto que não pode ser esquecido pelo governo federal. “Temos competência e tecnologia suficiente para fabricar a quantidade que o mercado interno precisa no momento, ainda que se trate de uma inovação eletroeletrônica que tende a evoluir com a inclusão de outros itens menos populares”, justificou o dirigente.
Produtos importados
Uma postura de combate aos produtos importados com subfaturamento foi cobrada pelo presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Carlos Lacerda, segundo o qual a prática vem ganhando cada vez mais terreno nas indústrias do país.
O dirigente afirmou que o subfaturamento é uma manobra que alguns empresários utilizam para ludibriar o consumidor e ganhou mais agressividade no país após o reconhecimento da China como economia de mercado, colaborando para o surgimento de uma lista, na qual se incluem produtos eletroeletrônicos, bens de informática, lâmpadas e até cosméticos.