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Lojas de bombom do Centro passam por crise

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Enquanto as chocolatarias que atendem principalmente o consumidor de classe média esperam fechar o ano com incremento de 10% a 15% em vendas, lojas e distribuidoras de doces e afins instaladas no centro da cidade tentam se manter no mercado. Segundo os comerciantes do Centro, têm se tornado cada vez mais difícil competir com novos empreendimentos instalados nos bairros.

A Bombons Finos da Amazônia é um dos exemplos de indústria de chocolates que aposta em crescimento. A projeção é de que haja alta de até 15% nas vendas neste último trimestre, ante igual período do ano passado. Segundo o proprietário da marca, Jorge Alberto Coelho da Silva, sua produção de cerca de 600 mil unidades por mês e mais de 150 tipos variados de embalagens com temáticas amazônicas têm conquistado o gosto dos brasileiros e do mundo inteiro.

Especializada na produção de bombons com sabores regionais há quase dez anos, a empresa hoje possui quatro filiais espalhadas pela capital e conta com uma produção diária de cerca de 30 mil bombons.

O grupo envia parte da produção para as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná entre outros e também exporta para países como França, Alemanha, Itália, Estados Unidos. Alem disso, a Bombons Finos atualmente busca parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para desenvolvimento da tecnologia para otimizar a produção. “A partir de janeiro de 2008, esperamos exportar cerca de 25% de toda a nossa produção”, afirmou Silva.
Na avaliação do empresário, o diferencial oferecido pela marca está na regionalização do produto. “Nosso ponto forte é a caracterização das embalagens, dessa forma agregamos valor ao que produzimos”, enfatizou.

Outra loja que desponta no cenário de bombons é a Cacau Show. Com pouco mais de um ano no mercado, a franquia espera um acréscimo de 10% nos negócios, comparado a 2006. Segundo o empresário Thiago Braz, os produtos são compostos principalmente por chocolate e por isso, a demanda é maior no período da Páscoa. Para este mês, o desempenho não deve ser favorável, mas espera que em dezembro as vendas ganhem impulso. Com olhar especial para o Natal, a loja vai oferecer ao consumidor diversos artigos feitos de chocolate como guirlandas, botas e gorros natalinos.

Bairro atrai ­clientela

Já no centro da cidade, as lojas que ainda permanecem no comércio de bombons tradicionais sentem os reflexos negativos da fuga de demanda para os bairros populares.

De acordo com a gerente comercial da bomboniere Esperança, Ester Castro da Silva, as vendas no Centro têm registrado um decréscimo significativo na procura e apresentado os piores resultados ao longo dos últimos cinco anos. A gerente afirmou que os poucos clientes que ainda mantêm os negócios atualmente são os comerciantes oriundos do interior, representando 98% do total da clientela.

Ester alegou ainda que o surgimento de inúmeras bombonieres pelo subúrbio da cidade enfraqueceu a movimentação comercial não só de seu estabelecimento, mas também de lojas do mesmo segmento. “Por motivos de logística, creio que o Centro se apresentou como uma opção descartada por grande parte de nossos consumidores”, afirmou.

Do outro lado da cidade, no bairro Tancredo Neves, zona leste, a proprietária da bomboniere Vitória, Tânia Vidal confirmou que a comercialização de bombons está superando as expectativas de crescimento. Segundo ela, sua loja vendeu aproximadamente 20% a mais no mês de setembro em relação ao mesmo período do ano passado, e confiante nesse resultado, incrementou em 30% a aquisição de produtos por conta do mês das crianças. De acordo com Tânia, o período escolar também contribui para o desempenho positivo das vendas de bombons durante todo o ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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