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Logística enorme para vacinar contra coronavírus no Amazonas

Logística gigantesca para vacinar contra coronavírus no Amazonas

O Amazonas deu início, nesta terça-feira (19), à distribuição das vacinas contra o novo coronavírus. Na primeira etapa da campanha, serão utilizadas as 256 mil doses da Coronavac que foram enviadas pelo governo federal ao Estado -do universo de 6 milhões de unidades distribuídas em todo o país

Segundo o governo estadual, as dimensões continentais da região exigiram montar emergencialmente uma grande rede logística para levar o imunizante a todos os municípios do interior. E até a áreas muito remotas, de difícil acesso, onde vacinar as pessoas é um grande desafio.

De acordo com o  cronograma de vacinação, inicialmente será vacinado o grupo que abrange trabalhadores da saúde, idosos de 80 anos ou mais, pessoas de 75 a 79 anos, os com mais de 60 anos, que vivem em instituições de longa permanência (asilos, por exemplo) e população indígena.

A FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde) montou os kits que foram enviados, ontem, para cada município amazonense. As vacinas estavam em um contêiner a 4.0°C. Segundo a coordenadora de Imunização do Estado, Izabel Nascimento os trabalhos de logística para distribuição começaram ainda na segunda-feira (18).

“Ontem mesmo (segunda-feira), a capital recebeu as suas vacinas e, desde a chegada à FVS, começamos a montar os kits para 21 municípios. Esse momento representa uma grande espera de sobrevida”, informou. “Essa vacina vai contribuir demais para a saúde das pessoas e o Estado vai cumprir o seu papel de imunização”, acrescentou Izabel.

Capitão da PM-AM (Polícia Militar do Amazonas), Audran Magno, que comanda o departamento de transportes aéreos da Casa Militar, falou sobre o plano logístico para levar a vacina a todos os municípios ribeirinhos.

“Nós já tínhamos um plano de distribuição e usamos seis aeronaves para fazer a entrega dessas vacinas. A primeira saiu às 6h de hoje (ontem). Todos têm se empenhado bastante e, com a importância dessa imunização, faremos com que as vacinas cheguem o mais rápido possível nos municípios”, salientou.

Locais de trabalho 

O prefeito Clóvis Moreira, de Barcelos, município com a maior concentração de população indígena do país, agradeceu a chegada do imunizante à cidade.

“Quero agradecer ao governo federal por dar prioridade ao nosso povo indígena das comunidades e das bases. É um momento em que vai acontecer um milagre na nossa vida, um milagre na vida dos povos indígenas, não tem outro remédio a não ser essa vacina, para que tudo melhore e para voltar a nossa vida normal”, ressaltou ele.

Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o principal objetivo da campanha de imunização é atingir uma cobertura de 100% em todas as localidades que receberão o imunizante nessa primeira etapa do cronograma.

“É importante que todos contribuam para o sucesso da campanha de vacinação. Só assim, poderemos reduzir o número de mortes causadas pela pandemia, que agora veio mais agressiva, acirrada, aumentando o número de mortes e deixando praticamente a nossa rede de saúde praticamente em colapso”, disse ele. “Mas vamos vencer essa luta em defesa de todos”, acrescentou o governador.

Segundo o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante),  os trabalhadores de saúde receberão a vacina em seus próprios locais de trabalho. De maneira simbólica, a campanha de vacinação iniciou, ontem,  no auditório da sede da prefeitura, no bairro da Compensa, zona oeste da capital.

Ao todo, vão ser vacinados 19.250 servidores da saúde que atuam em Manaus e 386 indígenas aldeados na área rural da cidade. O prefeito disse que só existem vacinas para 20 mil pessoas.

“Temos 50 equipes volantes da Secretaria de Saúde e iremos a 43 pontos de saúde para fazer a vacinação. E, na troca de plantão, vamos vacinar aqueles que já estão saindo e os que estão entrando”, ressaltou. E completou. “Vamos imunizar quem está diretamente envolvido no combate ao novo coronavírus”.

De acordo com o prefeito David Almeida, foram destinadas 40.072 doses da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

“A meta é vacinar 34% dos trabalhadores dos 56.618 trabalhadores de saúde, incluindo os da rede pública e privada, o que responde a 19.250 dos profissionais que atuam na capital, além de 100% dos 366 indígenas aldeados na área rural”, disse ele.

Na segunda-feira (18), a indígena Vanda Ortega, da etnia Witoto foi a primeira pessoa a ser vacinada no Amazonas. Ela é técnica de enfermagem. “A imunização representa vida e orgulho para os povos indígenas”, destacou ela ao receber o imunizante.

Vacinação:

Grupo prioritário:

Profissionais de saúde (fase 1)

Médicos, enfermeiros, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários, e seus respectivos auxiliares. E ainda cuidadores de idosos, doulas, parteiras, funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres.

População indígena (fase 1)

Maiores de 60 anos (fases 1 e 2)

Grupos com comorbidades – diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantados, anemia  falciforme, obesidade grave (fase 3)

Comunidades tradicionais – povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas (fase 4)

Profissionais da educação (fase 4)

Pessoas com deficiência (fase 4)

Forças de segurança e salvamento (fase 4)

Marcelo Peres

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