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Livro de Alfredo Andrade mostra o ocaso da força política do PT

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Desde a monarquia, e D. Pedro I, que o diga, a política no Brasil é recheada de crises, revoltas, guerras, proclamações disto, proclamações daquilo, golpes, radicalizações, polarizações, e perdedores querendo derrubar vencedores. O que nunca havíamos visto, porém, era um partido político tomar conta do poder e quebrar o país por incompetência e roubos generalizados. É o que mostra o advogado Alfredo Andrade em seu livro ‘Página Virada – uma leitura crítica sobre o fim da era PT’, do Selo Editorial Temporal, que será lançado hoje, dia 6, às 19h, no hotel Intercity, na Cachoeirinha.

“É difícil dizer se realmente o PT, enquanto partido político, acabou porque eles têm fanáticos seguidores. O meu livro se refere ao que a história escreveu. Já vimos a perda de força do PT nas eleições para presidente e governadores, e temos que observar se essa tendência continua nas eleições para prefeitos. Acho difícil eles voltarem com força”, disse.

Atuando como advogado há 49 anos, Alfredo Andrade escreve desde 2008 para o Jornal do Commercio sobre os rumos da economia e da política no Brasil. Essa iniciativa surgiu, de certa forma, como desejo de compartilhar sua indignação com os descaminhos do país na fase mais crítica do governo comandado pelo PT.

“Essa indignação começou desde antes de Lula chegar ao poder, quando o partido mostrava uma radicalização, que sempre foi sua marca registrada. Minaram todas as estruturas, por baixo, até chegarem ao poder. Hoje, como oposição, tem uma postura condenável. Rebatem as ações do governo que dão certo, sempre enfatizando um lado negativo. Não questionaram a facada no presidente, nem quem pagou os advogados de seu quase assassino”, lamentou.

Roubos nas estatais

Apesar de o PT ter chegado ao poder com Lula, em 2003, e a primeira bomba do governo ter explodido apenas dois anos depois, em 2005, com a descoberta do mensalão, a compra de votos de parlamentares no Congresso, o livro de Alfredo Andrade contém textos publicados no JC entre 2014 e 2019 ou, um ano antes do impeachment da presidente Dilma, cuja administração jogou o país num caos econômico até então desconhecido pelos brasileiros e quando, realmente, vieram à tona os grandes roubos nas estatais cometidos pelo partido.

“Este assalto aos cofres públicos começou muito antes do mensalão. Em doze anos governando o país o PT simplesmente acabou com duas das maiores estatais do Brasil, a Petrobras e os Correios, classificadas inclusive entre as grandes empresas do mundo. A Petrobras felizmente se recuperou, já teve devolvido grande parte do que lhe foi surrupiado, e voltou a crescer”, lembrou.

“Mas os Correios, coitados dos seus funcionários. Acredito que não tem mais salvação. Uma das estatais que mais lucrava, com agências em todos os municípios do país e funcionários muito bem remunerados, agora está se acabando, pouco a pouco”, completou.

A escolha dos textos do livro veio exatamente do desejo de mostrar a transformação do país a partir do escândalo da Petrobras e o surgimento da Lava Jato, que foram a senha para o ocaso político do PT, ao menos daquela legenda surgida no início dos anos de 1980 que falava em ética na política e alardeava ser a voz dos trabalhadores.

“Os governos petistas liquidaram com tudo. Colocaram seus filiados na administração de todas as estatais com o único objetivo de roubá-las. Não tenho dúvida nenhuma disso”, disse.

Quem manda é o povo              

‘Página Virada – uma leitura crítica sobre o fim da era PT’ é uma compilação de textos curtos, todos com críticas mordazes, relatando um roteiro desastroso que culminou com o impeachment da presidente Dilma e a prisão do ex-presidente Lula, ícone das esquerdas no Brasil e de países da América do Sul financiados com dinheiro brasileiro.

“Acredito que este livro marca situações históricas com um retrato do que ocorreu nos últimos quatro anos e ficará para sempre como um relato do que o povo brasileiro assistiu”, declarou.

O conteúdo do livro surgiu por acaso, com Alfredo, indignado, escrevendo os textos e os enviando para os amigos, por e-mail, como uma forma de ecoar seus sentimentos. Os amigos sugeriram que ele passasse a colaborar com o Jornal do Commercio, ampliando ainda mais o alcance de sua análise do país, e assim ele fez.

“Estou torcendo para que o governo Bolsonaro esteja no caminho certo. Hoje vemos uma forte polarização no país, mas isto ficou mais consistente quando as histórias de desmandos do PT foram vindo à tona e muita gente que acreditava no partido descobriu que havia sido enganada”, concluiu.

“O povo votou no Bolsonaro porque viu nele a mudança, o combate à corrupção e à roubalheira desenfreada, as mesmas bandeiras que o PT defendia quando surgiu. O povo precisa aprender que quem manda em um país é o povo. Se o Bolsonaro fizer besteira, também deve ser tirado do cargo, pelo voto”, finalizou.    

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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