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Linha de crédito para PMEs pode acabar nesta quinta

Linha de crédito para PMEs pode acabar nesta quinta

A Caixa Econômica Federal deve atingir seu limite de crédito na linha do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) nesta quinta-feira (9),  disse o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, em entrevista à revista Exame. O banco, que já emprestou R$ 1,95 bilhão desde o dia 16 de junho, tem um limite de cerca de R$ 3 bilhões  no programa, o que equivale a 20% dos R$ 15,9 bilhões liberados pela União ao FGO (Fundo Garantidor de Operações).

Se o governo não ampliar o limite de repasse para o banco, a instituição não poderá atender novos clientes, diz Guimarães. A divisão inicial do Ministério da Economia previa que cada um dos grandes bancos operasse um quinto do programa, mas até agora, só Caixa e Banco do Brasil estão com a linha ativa. 

O banco está emprestando em média R$ 500 milhões por dia esta semana. Somente na terça-feira (7), foram R$ 650 milhões. “Certamente se a gente não tiver o limite aumentado, pessoas com crédito aprovado não poderão receber”, diz o presidente. Em geral, o processo de análise de crédito demora cinco dias na instituição.

O tema também preocupa o governo. Em audiência pública no Congresso na última terça-feira (7), o secretário especial de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que os R$ 15,9 bilhões aportados pelo Tesouro para bancar as garantias do programa vão acabar em breve.

O Ministério, então, estuda opções para alavancar o programa. A pasta teria solicitado ao BB, que opera o FGO, que revisse os limites do Pronampe. Os analistas também cogitam aumentar o limite da Caixa e do BB.

Os bancos privados Bradesco, Itaú e Santander afirmaram que vão operar a linha do governo, mas não estabeleceram uma data. Bradesco e Itaú disseram que vão operar “em breve”, mas em data ainda a ser definida. Santander, por sua vez, afirmou que deverá iniciar a linha em agosto. Havia uma expectativa no Ministério de que os grandes bancos começassem a operar o programa no dia 15 de julho.

Foco em PMEs é meta da nova gestão

Mesmo se não puder mais emprestar pelo Pronampe, a Caixa quer continuar se relacionando com o público de micros e pequenas empresas. Cerca de 70% das empresas que conseguiram crédito não eram clientes da instituição antes. “O banco não vai estar nos programas de grandes empresas, vamos focar nas menores e nos programas assistenciais do governo”, diz o presidente do banco.

Para fortalecer o relacionamento com esse público, a Caixa vai lançar em agosto um novo aplicativo para empresas menores, similar ao que existe hoje para pagamento do Auxílio Emergencial. “Queremos ter maior agilidade e manter relação com essas empresas pós-pandemia, por isso não é um aplicativo exclusivo do Pronampe”, diz Guimarães.

Fora o programa, a Caixa oferece desde abril uma linha de crédito assistido em parceria com o Sebrae, utilizando o Fampe (Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas) da entidade. Até então, o banco já liberou R$ 1,79 bilhão nessa linha. A expectativa é que sejam emprestados, no total, R$ 7,5 bilhões. As informações são da revista Exame.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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