A MP dos Portos, que teve seu relatório aprovado ontem numa comissão de análise do Congresso após 11 semanas de tramitação, ainda não tem um texto de consenso entre os deputados e senadores que prometem pedir ainda mais alterações nas votações em plenário.
Para conseguir fazer a MP passar na Comissão de Análise, o governo teve que ceder e aceitou mais de 150 mudanças no seu texto original. Na votação de ontem, os deputados aprovaram outras quatro alterações no texto. O governo era contrário a mais essas mudanças.
Quem liderou a oposição ao texto foi o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder do partido. Ele disse que o acordo fechado ontem foi para ajudar o governo, já que havia maioria entre os membros da comissão para obstruir e sequer votar o relatório -o que, na prática, inviabilizaria a aprovação da MP cujo prazo de validade é 16 de maio.
Segundo Cunha, havia pelo menos dez pedidos de mudanças no texto do relator feitas por parlamentares. Para evitar que todas fossem analisadas na comissão, os parlamentares fizeram um acordo para que apenas quatro fossem votadas imediatamente. Os opositores ao texto do relator Eduardo Braga (PMDB-AM), que tem apoio parcial do governo, venceram as quatro votações.
“A briga não acabou. Está longe [de acabar]”, disse Cunha, que atribuiu ao governo os problemas para aprovar a MP. “O governo não discutiu antes as mudanças. Por isso, paga esse preço”.
Lideranças ainda tentam mudanças na MP do setor
Redação
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