O setor de leasing fechou o primeiro semestre deste ano com o melhor desempenho da década. Por conta disso, o segmento revisou a projeção de expansão das atividades para este ano. “Esperávamos elevar a carteira em 30% em 2007. Agora já estimamos crescer acima de 35%”, disse o presidente da Abel (Associação Brasileira de Leasing), Rafael Cardoso.
O valor presente da carteira de leasing do mercado brasileiro atingiu em junho a marca histórica de R$ 43,2 bilhões, com expansão de 27,5% em relação a dezembro de 2006 e de 60% na comparação com igual período do ano passado. Foram firmados mais de 550 mil contratos nos seis primeiros meses de 2007, com aumento de 80,12% em relação a igual intervalo de 2006. “O crescimento econômico, a queda dos juros e o alongamento dos prazos explicam o desempenho desse mercado”, afirmou Cardoso.
Segundo ele, a evolução foi puxada, principalmente, pelo leasing de veículos, responsável por 82,42% das operações. Máquinas e equipamentos representam 13,77%; equipamentos de informática, 1,68%; e outros tipos de bens, 2,13%.
“O leasing de veículos acompanha o expressivo crescimento da indústria automobilística” disse o presidente da Abel. Para ele, o segmento continuará em expansão, mas cederá um pouco de espaço para operações de máquinas e equipamentos, devido à necessidade de investimento das empresas. “Em breve, o Brasil se tornará investment grade e a economia reagirá a isso. Então, é momento de investir”, avaliou.
O ranking dos setores que utilizam o leasing praticamente não se alterou no primeiro semestre deste ano. O de pessoa física lidera a lista, com 52,50% do volume total de arrendamentos a receber, seguido por serviços (23,07%); indústria (11,45%); comércio (9,84%); outros setores – profissionais liberais, pequenas empresas, firmas individuais – 2,89%); e estatais (0 24%).
Considerando apenas o mês de junho, foram gerados R$ 4,2 bilhões em novos negócios, com expansão de 82,12% em relação ao mesmo mês de 2006. Foram assinados 111.363 contratos, um aumento de 104,23%. Desse total, a grande maioria (93,72%) foi realizada por meio de recursos prefixados, seguida de CDI (3,55%), TJLP (1,87%), outros (0,56%) e dólar (0,3%).
Para Cardoso, a instabilidade gerada pela crise financeira internacional não afetou o mercado de leasing. “Subiram os juros para captação de recursos no mercado doméstico, mas o setor de leasing está capitalizado”, disse. De acordo com ele, as empresas fizeram pequenas elevações nos juros cobrados dos clientes, o que, entretanto, não deve prejudicar o crescimento das operações. Para 2008, a Abel projeta expansão de 25% a 30% para a carteira do setor.
Leasing tem melhor resultado da década
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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