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“Laborum meta”

“Laborum meta”

Para alguns o tema de hoje parecerá um tanto lúgubre; para outros, não, e para outros, quem sabe, mostrar-se-á interessante. No “Cemitério Municipal de São João”, situado em nossa cidade de Manaus, há uma inscrição em latim que me despertou o interesse durante os anos de 1990, em minhas aulas de Latim I, no curso de Letras/Língua Portuguesa, Ufam, ministradas pela professora Grace Bandeira Freire. A mestra chamou nossa atenção para uma série de inscrições em latim espalhadas pela cidade e, uma delas foi  “laborum meta”, que quer dizer “final dos trabalhos”. O trabalho, por essa concepção, só terminaria após a morte. No artigo dessa semana trarei a origem do substantivo “trabalho” e alguns significados do verbo “jazer”.

ETIMOLOGIA DE “TRABALHO”

O substantivo “trabalho” advém do vocábulo latino “tripalium” ou “tripalus”, uma ferramenta de três pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Curiosamente era também o nome de um instrumento de tortura utilizado contra escravos e presos, que originou o verbo “tripaliare”, cujo primeiro significado era  “torturar”. Por isso que quando perguntam qual o meu “trabalho” eu digo que não tenho “trabalho”, tenho “emprego”, dada a carga etimológica dessa palavra. É claro que, com o tempo, “tripaliare” foi além do sentido de “torturar” e encerra outros significados mais próximos aos do nosso verbo “trabalhar”.

“AQUI JAZ…”

Engana-se quem acha que o verbo “jazer” significa “morrer”, um de seus significados é “estar morto”, e não “morrer”. No Dicionário Aurélio há dez entradas, dez sentidos diferentes a esse verbo, que é campeão nos cemitérios, mas que pode ser usado também fora desse circuito. Sendo assim, vou escolher alguns desses significados e exemplificá-los. Ex: 1. “Aqui jaz Antônio Carlos Jobim” (estar sepultado); 2. “A propriedade jaz entre dois montes” (estar situada). Fica a dica.

Joyce Tino

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