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Justiça autoriza quebra de sigilo de Milton Ribeiro, sua esposa e pastores ligados a Bolsonaro

Além da prisão de Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, autorizou a quebra dos sigilos bancários do ex-ministro, de sua esposa, Myrian Pinheiro Ribeiro, e da filha e do genro do pastor Arilton Moura.
Empresas ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton e o ex-assessor do MEC, Luciano Musse, também tiveram os sigilos afastados.
Um dos motivos para a quebra foi a venda de um automóvel por Ribeiro para o pastor, cuja transação foi encontrada pela Controladoria-Geral da União.
Segundo o relatório da CGU, a venda se deu após o surgimento de denúncias de irregularidades no Ministério da Educação e vai no sentido contrário das tentativas do ex-ministro de se descolar dos pastores.
“Em desfavor da argumentação do Sr. Milton Ribeiro, que tentou demonstrar que adotou postura de distanciamento do pastor, pesa também o fato de ter realizado a venda de um automóvel ao senhor Arilton após as denúncias”, diz trecho do relatório da CGU.
Após a Folha revelar o áudio em que o ex-ministro dizia priorizar as indicações dos pastores, Ribeiro concedeu uma entrevista, em 23 de março, e disse que havia acionado a CGU para apurar o caso.
A transação de compra e venda do veículo, entretanto, se deu depois desses fatos. A compradora seria a filha de Arilton, Victoria Bartolomeu, e a vendedora Myrian Ribeiro.
Em depoimento à CGU, o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, confirmou ter ouvido a história sobre a negociação do automóvel e que o ministro falava com normalidade do caso, sem “procurar esconder o ocorrido”.
O então chefe de gabinete do MEC, Djaci Vieira, também confirmou ter sido informado por Ribeiro da venda.
Victoria, a filha de Arilton, é casada com Helder Bartolomeu, que teve a prisão domiciliar decretada na Operação Acesso Pago.
Segundo a PF, ele recebeu um depósito de R$ 30 mil de um empresário como forma de organizar um evento na cidade com a presença do então ministro.
O evento teria sido organizado após intervenção do pastor Arilton Moura.
Em nota divulgada na quarta-feira, a defesa de Milton Ribeiro afirmou que a prisão foi “injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária”. “Os fatos são pretéritos e sem contemporaneidade. Não se poderia decretar a medida excepcional.”
Nesta quinta-feira (23), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de segunda instância, determinou a soltura do ex-ministro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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