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Julho registra maior aumento do gasto de eletricidade

“Sem investimento e campanha para o uso racional, escassez de energia será inevitável.” A frase é do presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Carlos Alberto dos Reis, diante da pesquisa de aumento de gasto de energia divulgada pela EPE (Empresa Brasileira de Energia Elétrica). Em julho registrou-se o maior consumo de eletricidade de 2008, crescimento de 6,1% em relação ao mesmo mês no ano passado.
Foram 32.509 GWh (gigawatts-hora), 6,1% a mais em relação ao mesmo mês do ano passado. O consumo acumulado também foi superado e chegou a 3,8%, ante os 3,5% registrados no primeiro semestre. O sindicalista salienta que os dados de julho indicam com clareza o impulso no consumo de energia. Com esses números, é visível a necessidade de implantação de novas fontes de energia para suprir o aumento da demanda.
“É evidente que o país precisa de medidas rápidas e urgentes para controlar o constante aumento da demanda. Se analisarmos os dados divulgados anualmente, perceberemos que, a cada ano, o consumo tem um aumento médio de 20 mil megawatts. Só houve declínio em 2001, quando a redução do gasto de energia foi incentivada”, explicou Carlos Reis.
Os gastos com mau uso de energia chegam a custar R$ 10 bilhões por ano no Brasil. Segundo a mesma resenha, o aumento no consumo residencial foi de 8,4%. Mais da metade da energia elétrica utilizada em uma residência é relativa à soma do consumo da geladeira e do chuveiro, cerca de 60% do total. Carlos Reis ressalta a importância de reforçar para a população a necessidade de controlar os gastos com eletricidade. “Economia com investimento em infra-estrutura já seria fundamental; economia sem os investimentos é condição decisiva para impedir grave crise, pois racionalizar é a forma mais rápida de compensar um pouco a depressão da oferta.”
O presidente do sindicato explica que as usinas que foram leiloadas nos últimos meses são uma saída, mas a longo prazo. “As que entrarão em funcionamento rapidamente são pequenas e não atendem à demanda. As maiores são a de Santo Antônio e Jirau, que irão gerar mais de 6 mil megawatts por ano, equivalente a meia usina de Itaipu, mas só estarão prontas em cerca de dez anos”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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