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Jayoro atinge alta de 25% na receita e prevê expansão no canavial

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Desafiando o clima atípico da região Amazônica, a usina Jayoro, única produtora de cana-de-açúcar e álcool do Amazonas, pretende expandir em 100% a extensão do seu canavial. A meta é ampliar a área de plantio de 4.000 para 8.000 hectares, prevendo crescimento de mais de 100 mil toneladas na colheita.

Neste ano, a produção da empresa foi de 317 mil toneladas de cana-de-açúcar, registrando incremento de 19,17% em relação ao ano anterior. Em conseqüência, a indústria sucroalcooleira encerra 2007 com faturamento de R$ 25 milhões, resultado inferior ao esperado de R$ 27 milhões.

“A causa foi o decréscimo no preço do açúcar e do álcool”, explicou o diretor da usina, Camillo Pachikoski. Porém, o índice deste ano teve alta de 25% ante o resultado alcançado em 2006. No ano passado, o faturamento total da Jayoro foi de R$ 20 milhões. De acordo com o executivo, a indústria foi prejudicada com a ocorrência de chuvas e uma praga conhecida com broca-gigante (Castnia licus).

Instalada há mais de 30 anos no município de Presidente Figueiredo, localizado a 107 quilômetros de Manaus, a Jayoro utiliza hoje 4.000 hectares para plantação de cana e 410 hectares de guaraná. Segundo Pachikoski, o novo canavial seria plantado nos 4.000 hectares de pasto já degradado, dentro do limite da fazenda. “A ampliação não acarretará o desmatamento das áreas preservadas, que hoje representam 85,75% dos 59 mil hectares da usina”, assegurou o diretor. A área cultivada passaria de 7,47% para 14,25% do espaço integral da Jayoro, portanto, abaixo do limite permitido na lei, que é de 20%.

Viabilidade econômica

Atualmente, está sendo realizado um estudo de viabilidade econômica que vai indicar os custos do projeto de expansão como cotações de empresas para a construção da estrada e da ponte, que ligarão a sede da usina ao pasto degradado.
De acordo com o superintendente da indústria, Waltair Prata Carvalho, somente as despesas com as obras da estrada estão avaliadas em torno de R$ 5 milhões. “A projeção de incremento da colheita de cana é de 100 mil toneladas, devido a melhor qualidade do solo arenoso do pasto”, explicou.

Neste ano, os investimentos na usina somaram um montante de R$ 10,3 milhões. Deste total, R$ 4 milhões foram aplicados na modernização da casa de força da usina, que desde sua criação na década de 70, só havia passado por algumas reformas. A outra parte dos recursos, R$ 6,3 milhões, foi investida na aquisição de máquinas e equipamentos. Anualmente, é investido entre R$ 6 e 10 milhões com objetivo de ampliar a capacidade de produção da usina.

Investimentos realizados

O dinheiro é utilizado principalmente em tecnologia e pesquisas de variedades de cana adequadas à região. “Nós ainda estamos descobrindo a cana-de-açúcar. Temos um problema sério com as chuvas e estamos pagando um preço alto por estar escrevendo a história da cana no Amazonas”, desabafou o diretor.

Segundo Camillo Pachikoski, a Jayoro está localizada próxima à linha do equador, em uma configuração de produção diferente do resto do país em termos de clima e solo.

Por conta das chuvas, as atividades da usina deste ano ficaram 41 dias paralisadas durante a safra, que ocorre entre final do mês de julho e início de dezembro. Apesar da interrupção, a produção de cana de 2007 superou em 19,17%, a colheita de 2006, que contabilizou 266 mil toneladas. “No ano passado, registramos o prejuízo de 30 mil toneladas de cana-de-açúcar, que não puderam ser colhidas devido às chuvas”, disse Pachikoski.

Processo de moagem do produto é incipiente

O superintendente da Jayoro explicou que as usinas de cana do Estado de São Paulo e na região Nordeste moem em média de 7 a 12 milhões de toneladas por ano. Conforme Waltair Carvalho, a quantidade de cana processada em 150 dias na Jayoro é moída entre 10 e 12 dias nas grandes usinas sucroalcooleiras do país. “É uma prova de que a Jayoro ainda é uma indústria incipiente”, comentou.

Do montante da

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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