Pesquisar
Close this search box.

Jardinagem ganha mais espaço

Quem não gosta de chegar a um lugar, um sítio, uma residência e até mesmo uma empresa, e encontrar um belo jardim gramado e com muitas flores? Pois desde 2012 o mercado de jardinagem cresce entre 8% e 10% no Brasil com as pessoas gastando com plantas, flores e acessórios. Agora, com o isolamento social, vale transformar num jardim mesmo um pequeno espaço de sua casa e começar a prática da hortoterapia ativa, que é criar, organizar e manter um espaço verde.

Cuidar de uma horta ou jardim é uma forma de se sentir útil e produtivo, o que contribui para melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Além disso, a jardinagem pode funcionar como uma excelente terapia ocupacional e social.

Horta ou jardim melhora produtividade, autoestima e a qualidade de vida
Foto: Divulgação

Dados do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura) mostram que o mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais movimenta mais de R$ 8 bilhões por ano, com cerca de 38 milhões de pessoas praticando a jardinagem. O Brasil, hoje, figura entre os 15 maiores produtores de flores e plantas do mundo, incluindo aí decoração, jardinagem e paisagismo. Parece que defender a natureza e harmonizar o ambiente virou tendência nacional.

O empresário paulista, Marcos Medeiros, montou a floricultura Flora Bem Me Quer, há seis anos, no Amazonas Shopping, e não tem do que se arrepender.

Marcos notou um aumento significativo de clientes interessados em começar a praticar a jardinagem como forma de ajudar no isolamento social, principalmente em busca de alegria e vida.

“Creio que, neste momento, as prioridades são outras. As pessoas estão com medo e assustadas, mas os clientes que nos procuram querem levar vida para dentro de casa. Na impossibilidade de realizar passeios, estão se dedicando mais ao lar e ao seu jardim, e muitos acabam tomando gosto por esta prática que, sim, vejo como uma terapia”, falou.

Jardins podem se desenvolver em qualquer lugar, até mesmo no aquário
Foto: Divulgação

Mãe como exemplo

O paulista foi criado no chamado Cinturão Verde de São Paulo, região que reúne vários municípios produtores de flores, folhosas e maçarias (produtos vendidos em maços como salsinha, cebolinha e coentro, entre outros). Também morou na famosa cidade de Holambra, a cidade das flores. Formado em teologia, Marcos aprendeu com a mãe, desde muito cedo, a gostar de plantas e flores.

“Minha mãe sempre amou as plantas. Ela tem uma mão de dar inveja. Tudo que planta, prospera. Em época de lhe dar presentes, como aniversário, Dia das Mães e Natal, ela pede que a levem numa floricultura, para escolher flores. Meus irmãos plantam pitayas, em Manaus, enfim somos uma família com os pés e as mãos na terra”, revelou.

Plantas carnívoras são curiosas e muito aceitas em jardins internos
Foto: Divulgação

Na opinião de Marcos, não existe espaço tão pequeno que não caiba uma samambaia, um cacto, uma folhagem, um terrário, uma suculenta. Tudo é questão de vontade e bom gosto.

Existem espécies e variedades de plantas que atendem a todas as realidades, desde um escritório, apartamento, casa ou chácara. São divididas em plantas, ou flores, de ambiente interno e externo, que podem tomar Sol pleno, ou de manhãzinha, ou ao meio-dia, com iluminação direta ou indireta, e até mesmo para ambientes internos de um cômodo, sala ou escritório, inclusive existem várias plantas para ambientes internos que são consideradas purificadoras de ar, como jibóias, antúrios, samambaias, espadas, lírio da paz, entre outras. Já aquelas pessoas que querem ter um belo jardim, mas não têm muita paciência para cuidar, Marcos indica os cactos e as suculentas, pois necessitam de poucos cuidados e são resistentes.

“Na floricultura recebemos clientes com todo tipo de dúvidas. Pedem instruções de como cultivar as plantas, qual seria a melhor para a sua realidade, plantas de Sol, plantas de área interna, se florescem, quantas vezes, qual o melhor tipo de adubo, onde dispomos de insumos e, na medida do possível, passo as informações”, afirmou.

Tipos de clientes

Na Flora Bem Me Quer Marcos trabalha com plantas regionais, plantas vindas de outros estados e plantas já aclimatadas aqui. O empresário possui uma estufa, num sítio localizado na AM 010 (Manaus-Itacoatiara), onde também produz várias espécies delas.

Cactos, como o rabo de macaco, necessitam de poucos cuidados e são resistentes
Foto: Divulgação

As plantas trazidas de outros estados, às vezes mais frios do que aqui, exigem um pouco mais de cuidados, como as frágeis tulipas, que necessitam de temperatura baixíssima para sobreviver. No geral elas são divididas em plantas de Sol, de sombra, regas diárias, regas semanais, regas quando estiverem secas.

Os clientes da floricultura são os mais variados possíveis, desde crianças, jovens, casais, senhores e senhoras de mais idade, mas Marcos os classifica em três tipos distintos: os que já conhecem sobre jardinagem e que até compartilham suas experiências; os que acham que sabem tudo, mas não sabem; e os que declaradamente se dizem leigos.

“Para cada uma dessas pessoas há uma abordagem, mas acabam se tornando nossos amigos devido à troca de conhecimentos, depois, quem gosta de plantas, flores e animais, bom sujeito é”, concluiu.  

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar