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Internacionalização é oportunidade de crescimento para MPE, diz gerente

Preparar as micro e pequenas empresas para competir tanto no mercado interno quanto no mercado externo é dar a elas uma opção a mais na escolha entre as possibilidades de crescimento. É com este objetivo que o Sebrae desenvolve estratégias como o Programa de Internacionalização das Micro e Pequenas Empresas e, em paralelo, ações voltadas para as empresas do segmento que atuam nas áreas de fronteira.
Foi o que a gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Wuang Ching, explicou para empresários, estudantes e integrantes de órgãos públicos do Brasil e de outros países do Mercosul, que participaram, na última quinta-feira, 17, do painel que tratou sobre ‘Estratégias de Internacionalização de Micro e Pequenas Empresas e Mercado de Fronteira’. O debate integrou a programação do primeiro Encontro de Comércio Exterior com foco no Mercosul, o Encomex Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR).
O Programa de Internacionalização, explicou a gerente, tem por base pesquisa sobre a participação das micro e pequenas empresas nas exportações do país, que mostrou vários entraves. Entre os principais deles estão as dificuldades em encontrar parceiros para apoiar as vendas e em estruturar canais de comercialização nos outros países. Há também problemas com exigências burocráticas e falta de profissional qualificado para cuidar das exportações.
Wang Ching lembrou que o programa de internacionalização visa preparar as empresas para competir tanto no mercado externo quanto interno, onde também enfrentam a concorrência das empresas estrangeiras. “O Brasil é um grande mercado consumidor. E nesse cenário de crise mundial, se torna um mercado muito interessante para o mundo”, exemplificou.
Quanto à inserção internacional, entre os desafios que mencionou está o aumento do volume e dos valores exportados pelos micro e pequenos negócios. Wang lembrou, entre outros exemplos, que o levantamento de janeiro a dezembro de 2008 das exportações brasileiras por porte de empresa mostra que as micro e pequenas são quase a metade (48,3%) do total de exportadoras. Todavia, quando o levantamento se refere a valores exportados, a participação o segmento cai para 1,2%.

Mercado de fronteira

No que diz respeito às ações para o mercado de fronteira, elas devem levar em conta a demanda crescente e a realidade das populações locais. Na avaliação de Wang Ching, tradicionalmente esse mercado foi visto como área delicada para se trabalhar com políticas públicas, por envolver temas de alta complexidade como por exemplo, a defesa do território e a entrada de drogas e armas.
Ao mesmo tempo, não houve no passado preocupação com regras claras ou instrumentos para definir a dinâmica comercial nessas fronteiras. “Porém, as pessoas que vivem nesses territórios têm uma visão própria e praticam suas relações comerciais onde é mais conveniente, seja dentro ou fora do país, muitas vezes sem levar em conta que, apesar da proximidade, a relação comercial fora do país significa importação ou exportação e as empresas precisam estar preparadas para competir”, lembrou.
Para a gerente, em razão da proximidade, da semelhança geográfica e dos valores culturais comuns, o mercado de fronteira é interessante inclusive como primeira experiência no mercado internacional.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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