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Início das operações aeroportuárias está prevista para janeiro de 2022

Indicado na lista de terminais aeroportuários para concessão à iniciativa privada, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, deverá contar a partir de janeiro de 2022 com a nova administração, a informação é confirmada pela empresa francesa Vinci Airports, que ganhou a concessão do bloco I sobre os sete aeroportos na região Norte – Manaus, Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM) e Tefé (AM), por 30 anos. 

Pensando nas futuras mudanças, alguns representantes do setor produtivo comentaram sobre as expectativas em torno do modelo ideal para o desenvolvimento logístico e econômico do Estado. A melhora na logística de movimentação de cargas realizadas pelo Teca (Terminal de Logística de Carga) do aeroporto Eduardo Gomes, é uma das principais necessidades citadas pelas fontes.

Considerada como uma empresa que detém um know-how de transporte aéreo, a sua efetiva instalação traz perspectivas de melhor logística aérea para o Estado. Na avaliação do gerente do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima, vai trazer grandes mudanças ao pensar nas perspectivas em torno do modelo ideal para o desenvolvimento logístico e econômico do Estado. “Essa empresa tem toda uma expertise o que representa um significado muito importante para o Estado com larga experiência no transporte aéreo de cargas, inclusive fazendo esse levantamento sobre o volume de cargas nacional e internacional. A nossa expectativa é a melhor possível, especialmente em relação ao atendimento ao transporte de cargas para atender a indústria do PIM, tanto no aspecto de importação quanto exportação. Acredito que nós só temos a ganhar com essa concessão”. 

Para Lima, a iniciativa privada sempre tem estratégias para garantir maior eficiência substancial, seja no intuito de dar maior prestação de serviço ou mais  velocidade no atendimento. O principal problema, na visão do gerente do CIN, está na lenta operação de mercadorias tanto importadas, como exportadas. “O ideal seria estudar uma melhor forma para agilizar os processos de cargas e descargas. Quanto menor o tempo, menor os custos. Acredito que a agilidade no manuseio dentro dos terminais seria mais vantajosa e com um custo menor de armazenagem. Esperamos que com a concessão à iniciativa privada, a eficiência nos terminais de cargas, se torne melhor e maior”. 

Quando o governo anunciou lá atrás que o terminal do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, seria concedido em bloco junto com os aeroportos de Goiânia e Curitiba, fazendo  parte da sexta rodada de concessões, o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, enfatizou que a nova gestão aeroportuária  vai trazer foco no trabalho e a qualidade dos serviços tendem a melhorar. “Esperamos que não só as empresas que atuam nos terminais e na questão dos passageiros, mas principalmente no trabalho operacional de cargas. Temos uma perspectiva clara de mudança, com melhor serviço, mais ágil, mais seguro, e mais competitivo”.

De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a concessão sobre os aeroportos iniciou no último dia (22), com vigência por 30 anos.Vencedora da licitação durante a Infra Week, em abril, Vinci Airports vai administrar sete aeroportos em quatro estados da região. No Brasil, a Vinci já opera o terminal de Salvador (BA).

Investimento e ampliação

A empresa francesa pagou R$ 420 milhões pelos sete terminais. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, os R$ 1,5 bilhão serão investidos pela empresa em pontes de embarque, ampliação de terminal de passageiro, aumento de capacidade, aumento de pátio, táxi e o que mais for necessário para aumentar a conectividade do estado com o resto do país.

“Aumentar a conectividade significa aumentar a quantidade de voos, oferta de assentos, disponibilidade de mais horários e melhores preços e tarifas. Nós vamos trazer para cá o turismo de negócios e ecológico, e o mundo inteiro vai conhecer o norte do Brasil”, disse o chefe da pasta.

A importância do Bloco Norte se traduz na sua vocação econômica voltada ao turismo ecológico, turismo de negócios, táxi aéreo e transporte de cargas para a exportação. Além disso, a região serve como base de apoio aos municípios vizinhos, contribuindo para a integração regional e nacional.

Cronograma

Conforme cronograma divulgado pela ANAC a previsão é que até outubro de 2024 a concessionária execute os investimentos obrigatórios. Entre as melhorias previstas para o aeroporto de Manaus estão: adequar a capacidade de processamento de passageiros e bagagens no aeroporto; disponibilizar pátio de aeronaves; prover sistema visual indicador de rampa de aproximação; implantar áreas de segurança, dentre outros. Os sete aeroportos receberão obras de ampliação, manutenção e exploração.

A Vinci Airports confirmou o início das atividades no estado, mas não informou detalhes do projeto de instalação neste momento.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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