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Inflação em julho tem maior avanço em 17 anos

O índice de inflação atrelado à leitura dos gastos dos consumidores nos Estados Unidos em julho teve alta de 4,5%, na comparação com o mesmo período em 2007. Trata-se do maior avanço desde fevereiro de 1991, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Departamento do Comércio.
Os gastos do consumidor no mês passado tiveram um ligeiro aumento, de 0,2%; já a renda dos americanos teve queda de 0,7%. Os gastos ficaram dentro do esperado, mas a renda recuou para o menor nível em quase três anos e superou em muito o esperado pelos analistas, que previam recuo de 0,1%.
Parte significativa desse aumento de preços se deveu aos avanços nos preços dos alimentos e da energia. O preço do galão (3,785 litros) da gasolina no país chegou ao recorde de US$ 4.114 no mês passado, impulsionado pelo avanço do petróleo, que chegou a US$ 147.27 por barril.
Em junho, os preços haviam registrado alta de 4% na comparação com junho de 2007. No segundo trimestre, os gastos dos consumidores cresceram 1,7%, contra um dado inicial de 1,5%; no primeiro trimestre, houve uma alta de 0,9% (esses gastos contribuíram com 1,24 ponto percentual no PIB).

Fim do envio de cheques

Segundo analistas, os dados refletem o fim do envio de cheques aos contribuintes, dentro do pacote de estímulo à economia, de US$ 168 bilhões, aprovado em fevereiro deste ano, a fim de evitar uma recessão. Os cheques começaram a ser enviados em abril. Com o fim dos envios de cheques, o consumo deve diminuir -e o consumo é um fator crucial na economia americana, respondendo por cerca de 70% de toda a atividade econômica do país. Desde o ano passado, a economia americana entrou em um processo significativo de desaceleração, devido às crises nos mercados imobiliário, de crédito e de hipotecas de risco (chamadas de “subprime”).

Renda recua 0,7% em julho

A renda dos americanos teve uma queda de 0,7% em julho, maior recuo em quase três anos. Os gastos dos consumidores nos EUA, por sua vez, tiveram um crescimento modesto, de 0,2%, em julho. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Comércio.
Os gastos ficaram em linha com as previsões dos analistas, mas muito abaixo do visto em junho, quando houve uma alta de 0,6%. Já a renda teve uma queda muito maior que a esperada, de 0,1%. Descontados os efeitos da inflação, os gastos mostraram queda de 0,4% no mês passado, índice mais fraco nessa modalidade de comparação em mais de quatro anos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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