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Industrial do ano de 2017

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Em sessão especial no Salão de Eventos do Clube do Trabalhador, na sexta-feira (26), a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e o Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) vão distinguir Carlos Alberto de Souto Maior Conde, proprietário da Panificadora Conde do Pão Ltda., Industrial do Ano 2017, e Roberto Benedito de Almeida, proprietário da R B Almeida, Microindustrial do Ano 2017. A Recofarma do Amazonas Ltda., pela 6ª vez consecutiva, receberá o diploma de Exportadora do Ano 2016.

Como ocorre a cada dois anos, a Fieam também concederá a Medalha do Mérito Industrial Moysés Israel a Amazonino Mendes e ao General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira.

Carlos Alberto Conde, de 69 anos, é líder de uma empresa familiar que há 40 faz o gosto dos clientes e se tornou uma rede de cinco lojas, que fatura em torno de R$ 27 milhões por ano.

A Conde do Pão, mesmo com a crise, apresenta crescimento anual de 10% na produção de pães, com a produção de 4,2 mil quilos diários, volume que pretende ampliar com uma futura fábrica de pães, doces e salgados, ainda em estudo, para dar suporte à sua rede de panificadoras em local mais adequado.
O empresário destaca que o setor da Panificação e Confeitaria local vai avançar quando a Lei Orgânica autorizar a fabricação de pães congelados hoje proibida no município.

“Nosso próximo passo vai ser uma indústria de pães, para suprir as dificuldades que enfrentamos diariamente com as ruas estreitas do bairro Dom Pedro, onde está estabelecida a matriz”, diz o empreendedor. A loja principal do grupo e o estacionamento para clientes ocupam 1.750 metros quadrados, sendo que a matriz ocupa área de sete imóveis, e o estacionamento, espaço de três imóveis, localizada no conjunto que dá nome ao bairro, mas a área já está pequena.

“Trabalhar bastante, oferecer produtos diversificados e manter a família unida e trabalhando no negócio”. É assim que o empresário define a receita para a bem sucedida trajetória da Panificadora Conde do Pão, ao longo de 40 anos, com a loja matriz, no Dom Pedro e mais quatro nos bairros Chapada, Nossa Senhora das Graças, Planalto e Flores, todas funcionando, com panificação e confeitaria, além dos serviços de café da manhã, almoço, jantar e mercearia.

No começo, mercearia
A Conde Pão começou como mercearia que também revendia pão de outros fornecedores, com dois sócios, Carlos Alberto e sua irmã, Iolanda, que posteriormente saiu da sociedade para abrir seu próprio negócio. O capital inicial era fruto de quase 10 anos de trabalho do seu último emprego, como comprador, na empresa Compensa (Madeiras Compensadas da Amazônia Cia. Agroindustrial).

No início, nos anos 1970, com poucos recursos para custear o trigo, matéria-prima, a Conde do Pão lidava com o sistema de cotas, controladas pelo governo, para a compra do produto importado. Graças ao planejamento, Carlos Aberto Conde conseguia comprar cotas de quem não usava a quantidade que dispunha e assim manteve a sua crescente produção de pães, que ele mesmo distribuía aos clientes para revenda.

“Era um trabalho árduo. Saía do D. Pedro, deixava a filha na Escola Princesa Isabel, no centro, e seguia numa velha kombi para a Moageira para comprar o trigo diariamente”, diz Conde, para lembrar que o bom da época era o preço unificado do quilo do pão. “Não havia concorrência dos supermercados que baixam o preço do pão para atrair clientela para os demais produtos”, observa.

Apesar do bem sucedido serviço de buffet, o pão francês continua o produto mais vendido da Conde do Pão, que conta com três fornecedores principais, sendo dois de Fortaleza (CE) e um de Manaus.

O fundador da Conde Pão não esconde o sonho de ver a empresa crescer na mão dos filhos, que já estão exercendo a gestão. Carlos André, de 37 anos, administrador de empresas, está à frente dos negócios.
A mais velha, Elizabeth, 41, é responsável por contas a pagar, e Heloísa Conde, 39, a psicóloga, atua na gestão de pessoas da empresa que possui 260 funcionários.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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