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Indústria nacional de brinquedos animam mercado no ano

A corrida pelos presentes para o Dia das Crianças reflete no comportamento da indústria nacional de brinquedos. Segundo a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), a  indústria nacional supriu o mercado e substituiu parte dos brinquedos importados da China, ocupando 75% do nosso mercado. A cada quatro brinquedos vendidos no Brasil, ao menos três são produzidos no país. 

No ano passado o faturamento do setor chegou a quase R$ 8 bilhões de reais e para o Dia das Crianças seguido das datas sazonais a aposta é de crescimento. O setor também garantiu a geração de novos empregos. Cerca de 1250 novos empregos foram gerados na indústria de brinquedos. 

“O ano começou bem e vamos ter uma semana da criança perfeita”, prevê o presidente da associação, Synésio Costa. “O setor fecha 2021 com 14% de crescimento em relação ao ano passado, que teve faturamento superior a R$ 7,7 bilhões.” A perspectiva do presidente em relação ao que já foi comercializado para a semana da criança, é que tenham uma performance positiva entre 11% e 14%. 

De acordo com o presidente, o setor só não está melhor porque convive com um ambiente de sonegação no mercado interno, associado a subfaturamento das importações e importações fraudulentas. “Acontecem desembarques de importações ermos, há importadores com mais de 30 CNPJ´s, vinda de produtos sem inspeção de qualidade do Inmetro, um número grande de irregularidades”, diz Synésio Costa.

Apesar dos problemas apontados, o dirigente da Abrinq vê a indústria nacional ocupando o espaço dos importados em 2021, com 75% do mercado. O quadro se deve às dificuldades dos fabricantes chineses, a disponibilidade de contêineres, os fretes para o Brasil e a insegurança do dólar, além da epidemia de Covid-19.

Além disso, ele diz que o setor de brinquedos teve um grande obstáculo que foi a falta de chips que mecanizam a fala e o andar das bonecas.”A gente acabou preenchendo essa lacuna de falta de insumos e matéria-prima lançando outro tipo de produto. Com isso, não haverá falta de brinquedos na semana da criança e nem para o Natal”. 

Segundo a associação, a estimativa das empresas para o Dia das Crianças é manter um ritmo de crescimento de pelo menos 3% em relação ao ano passado, quando aconteceu alta de 6%.

Ele afirma que o cenário podia ser melhor, mas em brinquedo não tem muito o que reclamar. “É preciso respeitar o mercado, considerando o saldo positivo. Mais importante é que as importações em 2020 caíram 49% e como o Brasil tem a metade do mercado e os chineses detêm a outra, com a queda, significa que a indústria nacional estava preparada com qualidade, segurança e volume econômico para suprir o mercado. A  Abrinq trabalha com bons  números em 2020 e trabalharemos com melhores números ainda em 2021”. 

Ele diz que no Brasil todo ano a indústria precisa ter brinquedos novos “Nós oferecemos quase quatro mil brinquedos diferentes para as crianças brasileiras e o que é melhor a criança brasileira está em importância mundial no seio da família  ou seja, quando ela demanda por alguma coisa.

No último levantamento estatístico da Abrinq,  a participação do Amazonas nas vendas totais de brinquedos no Brasil apresentou evolução de 3%, considerado um crescimento importante. Nos últimos anos, o Amazonas vem apresentando um crescimento no setor.  De 2015 a 2019 o Estado deu um salto de 0,6% para 3% nas vendas totais de brinquedos no Brasil. O Amazonas conta com cinco cinco fabricantes no segmento de brinquedos.  

Produtos

Os itens que devem ser mais demandados no Dia das Crianças, que ocorre na próxima terça-feira (12), estão tradicionalmente, bonecas, com 19,2% das vendas , veículos (16,7%) e jogos (10% ) devem predominar.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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