As dificuldades enfrentadas pelas empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus) – guerra fiscal com São Paulo, avalanche de importações asiáticas ou internalizadas via descaminho e constrangimentos logísticos- foram levadas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de uma carta entregue pelo governador Eduardo Braga.
O documento foi assinado por dirigentes de entidades como Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas, ACA (Associação Comercial do Amazonas), Câmara de Comércio e Indústria Nipo-Brasileira do Amazonas e CUT (Central Única dos Trabalhadores.
O encontro com Lula aconteceu durante a assinatura do termo de cooperação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na sexta-feira, no Salão Nobre do Palácio do Planalto.
O chefe da Nação leu o documento e ficou de acertar uma reunião sobre o assunto com Braga e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tão logo retorne de sua viagem ao México, prevista para a semana que vem.
Os recursos do PAC para o Amazonas somam R$ 690 milhões e serão aplicados em urbanização na cidade de Manaus. Desse total, R$ 43,5 milhões representam a contrapartida do governo amazonense.
A capital amazonense foi incluída no programa porque atendeu ao critério populacional, estipulado pelo governo federal (municípios com mais de 150 mil habitantes). Nesse primeiro momento, as obras estarão voltadas à regularização emergencial do abastecimento de água nas zonas norte e leste da cidade. Além disso, será construída uma nova estação de captação e tratamento de água para promover a universalização do abastecimento.
“O benefício para 1,4 milhão de pessoas que vivem em Manaus é o resultado da parceria que estamos firmando entre os entes federados, com a finalidade exclusiva de beneficiar a população mais necessitada. Tudo foi planejado e discutido com cautela para privilegiar quem mais precisa”, afirmou o governador Eduardo Braga no final da solenidade.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, confirmou que o governo federal realizou, por determinação do presidente Lula, rodadas de reuniões com prefeitos e governadores e foi desenhada, a partir do pleito encaminhado pelos governadores, as diretrizes do PAC.
“Esse programa só se tornou possível porque tivemos empenho e cuidado em escolher as obras emergenciais. Manaus é uma cidade cercada de rios e requer atenção para o combate a doenças como malária”, afirmou Dilma Rousseff.
Ações integradas
Preocupado com o abastecimento de água na cidade de Manaus, o governo do Estado criou o Proama (Programa Água Manaus) e articulou junto a Prefeitura Municipal de Manaus, um conjunto de ações integradas visando equacionar a curto, médio e longo prazo, a solução definitiva para as questões relativas ao abastecimento de água em Manaus num horizonte de projeto com alcance até 2030.
O Proama tem como meta a ampliação do sistema de abastecimento de água para as zonas norte e leste de Manaus. Em linhas gerais compreende a construção do novo complexo de produção na Ponta das Lajes. O complexo tem vazão prevista em primeira etapa de 3,75 m3/seg, estando suas obras programadas para serem realizadas no período de 2007 a 2010.
Haverá, ainda, a construção de novos centros de reservação e distribuição de água com 5.000m³ cada e quatro estações elevatórias de distribuição de água, nos bairros Tancredo Neves, Nova Floresta, Jorge Teixeira e Núcleo 23, da Cidade Nova.
Serão reabilitadas, padronizadas e medidas cerca de 48.000 ligações prediais de água existente e implantadas 23.000 novas ligações padronizadas que vão beneficiar aproximadamente 301.750 pessoas moradores das zonas norte e leste da cidade de Manaus.
O novo sistema produtor a ser implantado (Ponta das Lajes) será integrado ao sistema antigo (Ponta do Ismael), por meio do subsistema de distribuição e permitirá a interação e flexibilização do abastecimento de água em toda a cidade.
Com a im