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Indústria da ZFM tem queda de 3,06%

Em janeiro, o faturamento da indústria instalada na ZFM caiu 3,06% (em reais) e 12,33% (em dólar)

O PIM (Polo Industrial de Manaus) iniciou 2015 registrando quedas no faturamento, geração de empregos e exportações. De acordo com os dados divulgados ontem (18) pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), em janeiro, o PIM teve faturamento de R$ 6,317 bilhões (US$ 2.398 bilhões), o que equivale a uma queda de 3,06% em reais e de 12,33% em dólar na comparação com janeiro de 2014, quando foi registrado faturamento de R$ 6,516 bilhões (US$ 2.735 bilhões).
No mesmo período as empresas também empregaram 116.416 trabalhadores, entre diretos, temporários e terceirizados. O número representa uma queda de 7,65% no nível de empregos, também na comparação com janeiro do ano passado. Já em relação a dezembro de 2014 o recuo foi um pouco menor: 1,18%,
Já as exportações do Polo, que totalizaram US$ 44.725 milhões em janeiro de 2015, também tiveram diminuição (-22,39%) –na comparação com janeiro de 2014 (US$ 57.626 milhões).
De acordo com a Suframa, os indicadores que refletem o atual cenário econômico brasileiro. O superintendente em exercício, Gustavo Igrejas, explica que os resultados negativos no primeiro mês de 2015 não são uma exclusividade da indústria local e que as dificuldades já eram previstas.
“Praticamente 90% a 95% dos nossos produtos são destinados ao mercado nacional e, à medida que diminui o poder de compra e aumentam as dificuldades para os consumidores brasileiros, é natural que os resultados do PIM oscilem de forma negativa. É provável que tenhamos um primeiro trimestre abaixo do tradicional, com pouco ou nenhum crescimento, mas nossas expectativas são de uma melhora dos indicadores ao longo do ano, principalmente, a partir do segundo semestre”, explicou Igrejas.
O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Athaydes Mariano Félix confirma que os resultados ruins já eram esperados pela situação econômica geral do país. Na opinião dele, as dificuldades deverão continuar pelo menos até a metade do ano.
“A partir de julho esperamos que haja alguma reação por conta das medidas tomadas. Acreditamos que isso represente um vento alentador para que a gente consiga manter os níveis de emprego”, declarou.

Segmentos
Mesmo com as dificuldades, os setores Químico e Mecânico conseguiram crescer e foram os principais destaques no início do ano. Em janeiro, o setor Químico apresentou crescimento de 17,41% na comparação com janeiro do ano passado, faturou R$ 850,823 milhões. Já o setor Mecânico faturou R$ 423,291 milhões e cresceu 16,58% no mesmo período de comparação. Outro resultado positivo se deu no Polo de Duas Rodas, com faturamento de R$ 1,042 bilhão e crescimento de 1,5% em relação a janeiro de 2014.
O segmento Eletroeletrônico (incluindo Bens de Informática), por sua vez, responsável por 46,35% do faturamento global do PIM e também por 43,74% dos empregos diretos gerados, faturou R$ 2,928 bilhões e teve queda de 9,55% em relação a janeiro de 2014.

Produção
Ainda segundo os números da Suframa, os aparelhos condicionadores de ar continuam se destacando entre os principais produtos fabricados pelo PIM. Em janeiro, foram produzidas 52.345 unidades de aparelhos do tipo split system e 107.785 unidades de condicionadores de ar do tipo janela ou de parede de corpo único, o que representa aumentos de 7,24% e de 30,47%, respectivamente, em relação a janeiro de 2014. Outros produtos que tiveram crescimento no mesmo período foram tocadores e gravadores de DVD e blu-ray, com 253.888 unidades produzidas e aumento de 25,99%; receptores de sinal de televisão, com 1.071.755 unidades fabricadas e crescimento de 44,44%; e forno micro-ondas, com 446.338 unidades fabricadas e aumento de 16,02%.
A queda na produção do segmento Eletroeletrônico e de Bens de Informática ficou evidenciada na diminuição, em janeiro, de itens como televisores com tela de plasma (-97,33%), televisores com tela de cristal líquido (-25,60%), telefones celulares (-30,40%) e tablets (-66,37%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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