Pesquisar
Close this search box.

Índice de Confiança do Consumidor aumenta 1,3% em novembro

Durante quase todo o ano de 2007, conforme carta do Iedi, o índice de expectativas dos empresá­rios mostrou variações muito acima do índice de consu­midores, numa curiosa, po­rém explicável, diferença en­tre expectativas de um la­do e do outro.

Para os primeiros, o processo econômico cotidiano, que veio mostrando melhoras flagrantes e significativas mês após mês ao longo de 2007, se fazia sentir prontamente, na medida em que se traduzia em aumento de vendas.

Maiores vendas e maior confiança dos empre­sários, especialmente no que­ diz respeito à sua avalia­ção­­­ sobre a situação atual, ca­minham juntos.

Já do ponto de vista dos consumidores, o processo não é tão simples assim. Pa­­­ra que uma economia que cresce mais aumente o otimismo do consumidor, é necessário que se traduza em coisas concretas, como, por exemplo,­ melhora do em­­prego, aumento do ­rendimento real e/ou do poder­ de compra, que­­ pode tam­­bém ser ob­­tido com ampliação do crédito.

Neste ano o quadro do emprego nas grandes regiões­ me­­­tropolitanas mostra sinais­ de melhora, mas isso somente veio a ocorrer de forma mais­ intensa, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), após o mês de setembro.

O emprego no país rea­giu mais lentamente do que os demais indicadores econômicos, o que não de­ve causar surpresa, pois há uma defasagem entre a variação das vendas e da produção e o emprego.

A razão disso, conforme­ apontam analistas do Ie­di,­­­ é que os empresários brasileiros, normalmente, aguar­­dam a confirmação das­­­­ mudanças do quadro econômico para tomarem decisões mais definitivas e que tenham custos, como as relacionadas à contratação de mão-de-obra. Entre quatro e seis meses se prolonga esse período de re­tardo do emprego.

Recuperação econômica

Uma outra razão explica ainda o baixo crescimento do emprego nos primeiros meses da recuperação da economia: o fato de que, embora fosse indubitável a retomada do crescimento desta em termos médios, alguns dos setores muito representativos do emprego industrial ainda atraves­savam uma retração. De fato, segmentos como ves­tuário, têxtil, calçados, madeira dispensavam mão-de-obra, enquanto a economia mostrava claros sinais de sua reativação.

Quanto ao rendimento médio real, esse cresceu ex­­pressivamente na primeira metade deste ano, mas passou a crescer bem menos desde então, sendo ainda afe­­tado por um aumento da­­ inflação entre os meses de­­ julho de agosto.

Quanto aos problemas do atraso na recuperação do emprego, como já mencionado, aparentemente fo­­ram superados, ao passo que­­ a perda de rendimento­­ real, devido a uma maior inflação, parece ter sido estancada com os recuos nos últimos meses dos preços de alguns produtos agrícolas e de derivados do leite.

Em outras palavras, ava­lia o Iedi, sendo consoli­da­da a recuperação da eco­­no­mia, tendo início a fa­­se de uma mais acentuada­ me­­lhora do emprego e removido o fator que vinha corroendo o rendimento real, as expectativas dos consumidores passaram a crescer mais, refletindo mais proximamente o desempenho econômico.

Confiança varia

De qualquer forma, se se compara a confiança dos­­ consumidores no mês de­­ novembro com o mesmo mês do ano­­ passado, de acor­­do com a­­ pes­­quisa da FGV­­ (Funda­­ção Getulio Vargas), a va­­riação para me­­lhor foi de 4,6%, enquanto a mesma fon­­te indica uma variação da confiança do empresário industrial de 13,2% no mesmo período. É provável que essa diferença se reduza ao longo dos próximos meses.

No mês de novembro, o ICC (Índice de Confiança dos Consumidores) aumentou 1,3% em comparação com outubro, sendo muito maior a variação quanto à situação atual, cujo aumento foi de 4,3%, enquanto o índice de expectativas caia num patamar de 0,2%.

Esses resultados espe­lham, pelo menos em par­­te, o contentamento da po­­pulação com o 13º salá­rio,­ cuja primeira parcela foi paga em meados de no­vembro. Ademais, deve estar refl

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar