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Indicadores apontam que economia brasileira está se estabilizando

É possível que a economia brasileira nos últimos meses do ano apresente indicadores de relativa perda de ímpeto em seu processo de crescimento no sentido de que as variações mês a mês que vinham ocorrendo em vários índices estão apresentando relativa estabilidade. Isso não significa que a economia esgotará o seu ciclo de crescimento recente, mas que talvez já não tenha uma aceleração como teve ao longo da primeira metade de 2007.

Essa observação não tem validade para o emprego formal que, segundo os dados do Caged, estão em um momento particularmente favorável.

No que diz respeito ao consumidor, segundo a Fecomercio apurou para o mês de outubro na capital paulista, o seu índice de confiança aumentou, o que é normal em períodos de fim de ano, porém esse ano o aumento deu-se em ritmo mais intenso do que, por exemplo, no ano de 2006. Em outubro último o índice apurado foi 134,1 (o índice varia de 0 a 200, indicando otimismo acima de 100), contra 132,1 em 2006. Notar que a trajetória ascendente do índice de confiança do consumidor foi maior em um ano em que o crescimento foi mais intenso do que tem sido nesse ano, qual seja o ano de 2004. No mês de outubro de 2004, o índice era de 145,6.

Já nesse ano o nosso consumidor, embora esteja otimista, pois o índice de confiança apurado vem superando a faixa de 100, ainda não nutre a mesma confiança que teve em outra época. Isso prenuncia que o próximo Natal será bom, porém não tanto como o de 2004.

O destaque da melhora do índice de confiança em outubro foram as condições econômicas atuais, com crescimento de 4,1%, e não tanto o índice de perspectivas futuras, que declinou 0,7%. O significado disso é que o consumidor está vendo melhora palpável em sua condição econômica e de vida presentes, mas ainda tem dúvidas sobre o futuro.
Uma edição anterior desta análise do último dia 10 registrou uma certa acomodação do ritmo de evolução do comércio, tendo por base os indicadores de vendas à vista e a prazo da Associação Comercial de São Paulo. Em parte, uma acomodação pode ser também detectada no plano da produção, sendo esta pelo menos a indicação do comportamento da produção de papelão ondulado para embalagens, que é considerado um indicador antecedente da produção. Em setembro essas vendas aumentaram somente 0,55% com relação a setembro de 2006, um crescimento que pode ser considerado fraco. Com ajuste sazonal, houve queda de 0,9%.

Convém observar que esse é o quinto declínio consecutivo na comparação do mês com o mês anterior com ajuste sazonal, o que indica que esse segmento teve uma alta aceleração de seu crescimento nos meses iniciais do ano até abril, um processo que não ocorre desde então. Outro indicador de que o mais intenso crescimento desse setor ocorreu no primeiro semestre, é que gradativamente vem declinando a taxa de evolução com relação ao mesmo mês do ano anterior: em junho de 2007 essa taxa alcançou 7,9%, declinando para 6% em julho, 1,1% em agosto até atingir o índice já mencionado de 0,5% em setembro. Considerando o terceiro trimestre como um todo, o aumento da produção de papel ondulado chegou a 4,7% sobre igual período de 2006. Este percentual, a propósito, está em linha com um crescimento do PIB que também se situa em um nível próximo a 5%.

Emprego fornal teve evolução de 5,2% em setembro contra 5% em agosto

No tema do emprego formal, o mês de setembro indicou maior ritmo de crescimento, pois a evolução com relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 5,2%, contra 5% em agosto.

Com isso, o crescimento no acumulado do ano alcança 4,9%, sem dúvida um desempenho muito favorável e que indica o prosseguimento da formalização do emprego no Brasil que vem ocorrendo há pelo menos três anos.

O setor líder desse processo tem sido a construção civil, com evolução de 9,1% com relação a setembro de 2006 e 7,1% no acumulado do ano. Trata-se, como se sabe, de um setor empregador e que encontra-se em uma expansão importante após anos de declínio. Com

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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