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Independência adia para dia 15 decisão sobre proposta

A decisão sobre o futuro do Independência, em recuperação judicial faz três anos, vai ficar para o dia 15 de maio. A pedido do banco JP Morgan, um dos principais credores do frigorífico, foi suspensa a assembleia marcada para a segunda-feira para que os credores possam analisar melhor a proposta de compra feita pelo JBS.
A reunião deveria votar a oferta, anunciada no último dia 23, no valor de R$ 268 milhões, a ser pago parte em ações (R$ 135 milhões ou R$ 7,91 por cada ação da companhia) e parte em dinheiro (R$ 133 milhões). Os ativos envolvidos são quatro unidades frigoríficas – Nova Andradina (MS), Campo Grande (MS), Senador Canedo (GO) e Rolim de Moura (RO) -, dois curtumes, em Nova Andradina (MS) e Colocado D’Oeste (RO); dois centros de distribuição e armazéns em Cajamar (SP) e Santos (SP), e todas as marcas, com exceção da unidade de Santana de Parnaíba (SP). As unidades têm capacidade total de abate de 2,5 mil cabeças diárias e podem incrementar o faturamento do JBS em R$ 1,75 bilhão.
O diretor de Relações Institucionais do Grupo JBS, Francisco de Assis, informou que, se for aceita a proposta, o negócio não atrapalha o processo de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão com o Bertin, realizada em setembro de 2009. “Não vejo influência.” O executivo lembrou que o Independência está fora do mercado há três anos. “Não estamos comprando participação de mercado, mas sim imóvel, terrenos e unidades desativadas que necessitarão de capital de giro para voltar a funcionar. Portanto, é um investimento”, disse Assis, que esteve presente à assembleia.

A mais real e factível

O advogado do Independência, Pedro Paulo Gasparini, do escritório Gasparini, DeCresci e Nogueira de Lima Advogados, afirmou que a oferta de compra do JBS para os ativos do frigorífico é a mais “real e factível” de toda a recuperação judicial. Desde o processo de recuperação judicial em maio de 2009, o Independência já teve 14 assembleias de credores para discutir o seu futuro. “A verdade é que estamos todos desgastados. Temos que levar em conta que esse é o momento de resolver a grande questão do Independência”, declarou o advogado.
Na avaliação dele, na atual conjuntura do setor de proteínas brasileiro, não há outro player em condições de fazer outra proposta e o negócio também é bom para o JBS. “(O grupo) Está levando ativos que proporcionarão uma relevante capacidade de geração de caixa”, completou.

Detalhes da proposta

O advogado da JBS, Eduardo Munhoz, do escritório Mattos Filho, explicou que, na proposta de R$ 268 milhões, o grupo considerou os ativos e o seu valor econômico. “O desafio foi construir estrutura financeira para garantir o mínimo de investimento. Procuramos seguir as prioridades e as prerrogativas da recuperação judicial.”
De acordo com o advogado, há três instâncias de aprovação da proposta. A primeira seria em assembleia; a segunda, dos detentores dos bônus de US$ 165 milhões com vencimento em 2015; e a terceira, dos credores de linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), que são extraconcursais, ou seja, não foram originalmente incluídos no plano de recuperação judicial.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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