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Inadimplência representa grande problema ao varejo

A inadimplência poderá representar um dos graves problemas para a manutenção do nível de negócios no varejo local durante o mês de junho. Pelo menos segundo o presidente da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), Ralph Assayag, que apontou a subida de 3,4% em maio nos índices de inadimplência no comércio amazonense.
Em igual período do ano passado, a inadimplência era de 2,9%. Em abril deste ano, momento historicamente favorável às vendas cíclicas, o comércio amargou percentual de 3,0%.
Outro fator que contribui para a estimativa pouco alentadora para o varejo, segundo Ralph Assayag, é quando se compara o saldo de inadimplentes (diferença entre número de incluídos e excluídos no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito) no acumulado do ano até maio. “Não queremos criar falsas expectativas em torno das vendas para este primeiro semestre, mas observamos que o saldo inadimplente subiu de 2.930, contabilizados no ano passado, para os atuais 3.029 cadastrados”, explicou.
Apesar de não ter projetado um cenário para junho, Assayag asseverou que o ritmo ditado pelo consumo já aponta para o aumento do grau de confiança na economia e a relação com a empregabilidade. “Essa confiança do consumidor juntamente com a contínua expansão da oferta de crédito, além da expectativa de redução da taxa de juros e as medidas pontuais do governo para o aquecimento da economia, são fatores que podem favorecer a melhoria dos resultados da inadimplência em Manaus ainda neste semestre”, disse.
Dados do Serasa Experian apontam que a devolução recorde de 35,6 cheques sem fundo a cada 1.000 compensados nos cinco primeiros meses do ano fez o Estado participar apenas na 14ª posição no ranking da inadimplência em nível nacional. Esse fator citado pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Louças, Tintas, Ferragens, Materiais Elétrico e de Construção de Manaus, Aderson Frota, é uma das razões para o comércio local acreditar que o índice de inadimplência não está tão ruim se comparado a de outros Estados.
Representante de um dos setores mais impactados pela emissão de cheques sem fundo, Frota explicou que a elevação do desemprego e maior utilização do cheque pré-datado para compensar os ajustes na oferta de crédito são reflexos da desaceleração pós-crise no comércio manauense. “Ainda assim, estamos caminhando ainda que a passos curtos para a fase da recuperação da adimplência no setor”, explicou.
De acordo com o economista-chefe da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), José Fernando Silva, entre os tipos de dívida mais utilizados pelas famílias manauenses, o cartão de crédito aparece como líder na preferência do consumidor na hora das compras.
“Desde maio, o volume de crédito ao consumidor vem apresentando rápido crescimento, com aumento das operações de crédito em praticamente todos os segmentos”, destacou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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