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Inadimplência cai e provisões de bancos públicos vão a menor nível do ano

Inadimplência cai e provisões de bancos públicos vão a menor nível do ano

A inadimplência no segmento de recursos livres, em que as taxas de juros são livremente definidas pelas instituições financeiras, voltou a cair em setembro e renovou a mínima histórica.

De acordo com os dados do BC (Banco Central) divulgados nesta segunda-feira, a taxa de inadimplência chegou a 3,1% no mês passado, de 3,3% em agosto, menor nível da série iniciada em março de 2011.

Em meio a esse cenário, os bancos públicos reduziram seu nível de provisionamento ao menor patamar registrado neste ano.

O movimento de queda da inadimplência tem ocorrido desde junho a despeito dos temores associados à incapacidade de pagamento de empresas e famílias por conta da crise imposta pela pandemia de coronavírus.

No acumulado do ano, o recuo da inadimplência é de 0,6 ponto percentual.

O próprio BC já tinha admitido em meses anteriores que alguns fatores poderiam estar contribuindo para essa queda, como renegociações e repactuações dos financiamentos e a possibilidade de postergação de parcelas instituída por bancos.

A concessão do auxílio emergencial também tem provido forte recomposição de renda aos brasileiros –de abril a agosto o programa concedeu um benefício de R$ 600 a informais e vulneráveis. Para o período de setembro a dezembro, o valor mensal será de R$ 300. No total, a perspectiva do governo é gastar R$ 321,8 bilhões com a iniciativa.

Em seu Relatório de Estabilidade Financeira publicado neste mês, contudo, o BC alertou que o adiamento do pagamento de dívidas teve êxito em aliviar a liquidez de curto prazo dos clientes bancários e em preservar a solvência das instituições financeiras, mas pode ter postergado a materialização do risco de crédito.

Segundo os dados do BC, os bancos públicos diminuíram seu provisionamento a 5,6% em setembro, ante 5,7% em agosto e ao patamar mais baixo do ano.

Bancos privados nacionais reduziram o nível de provisão para perdas a 8,5%, sobre 8,7% no mês anterior, mas ainda acima dos níveis pré-pandemia (8,1% em fevereiro). Já as instituições financeiras estrangeiras mantiveram o índice estável em 5,3%, contra 4,9% em fevereiro.

Custo do crédito

Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram a 25,7% ao ano em setembro, contra 26,5% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres.

O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, teve retração de 1 ponto no mesmo período, a 21,1 pontos percentuais.

O estoque total de crédito no país, incluindo também o crédito direcionado, subiu 1,9% em setembro sobre agosto, a R$ 3,810 trilhões, passando a 52,8% do PIB (Produto Interno Bruto).

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a alta do crédito geral no país foi de 9,5% e em 12 meses de 13,1%.

Para 2020, o BC revisou para cima sua projeção de crescimento do crédito a 11,5%, de 7,6% antes, principalmente pela demanda acentuada de crédito das empresas em meio à pandemia de Covid-19, atendida tanto pela expansão do crédito livre como pelo crédito direcionado. As informações são da Reuters.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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