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Importância da inovação

Na Era do Conhecimento, a inovação passou a ser elemento estratégico. Além de motor do crescimento econômico sustentado, ela aumenta a produtividade e a competitividade, e cria mercados. Trata-se, portanto, de um tema do mais alto interesse para o PIM.
Esse fato foi perfeitamente entendido pelas nações emergentes –a China em particular. Mas é importante ter em mente que a inovação não surge espontaneamente. Requer educação de qualidade acessível a todos, excelentes universidades e centros de pesquisa, determinação, persistência e boa dose de criatividade. Conquanto não falte criatividade aos brasileiros, o país –com raras exceções– não dispõe dos outros requisitos.
O estudo que a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) encomendou ao IEA (Instituto de Estudos Avançados) da USP (Universidade de São Paulo) mostrou que não se conseguiu fazer da inovação o motor de nossa estratégia de desenvolvimento. Mais grave foi constatar que governo e empresas confundem inovação com alta tecnologia e política industrial com redução do custo Brasil –as ineficiências que resultam da carência de uma infra-estrutura moderna, da irracionalidade do sistema tributário, dos excessos burocráticos e da instabilidade e falta de clareza das regras, e que explicam nossos altos “custos de transação”.
Foram estudadas as experiências de países bem-sucedidos em promover a inovação, tais como Canadá, Estados Unidos, Finlândia, França, Japão e Reino Unidos, e identificadas pelo menos oito barreiras e nove saídas para o Brasil melhorar sua posição na economia mundial e resistir à agressividade competitiva de países como Índia e China.
Resumindo, declarou Reginaldo Acuri, presidente da ABDI: “A lógica da inovação é sair na frente e vender ao mundo algo que não tenha concorrência, ao menos em um primeiro momento. Os desafios mudaram, não basta ter sol, terra e água para ser competitivo em agricultura, nem basta ter aço e alumínio para fabricar bons aviões. Hoje falamos em grãos geneticamente modificados e em materiais compósitos”. As inovações tecnológicas decorrentes do conhecimento e da pesquisa sistemática dominam o cenário econômico do século 21.
A primeira fase do relatório da pesquisa orientou a formulação da política industrial lançada no início do governo Lula. O esboço de sua continuidade foi submetido à apreciação do presidente no último dia 13, sem nenhuma menção às desonerações tributárias tão aguardadas pelos empresários. Em outras palavras, a melhora do ambiente de negócios continua sendo um tema pouco tocado. Além dos aspectos puramente técnicos dos países envolvidos, é necessário que os pesquisadores também investiguem as características do clima institucional para atrair investimentos privados e incentivar P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).

Barreiras à inovação

Dentre as principais barreiras à inovação, o estudo do IEA apontou a descoordenação política dos órgãos governamentais envolvidos e o emaranhado de regras conflitantes, que criam um ambiente jurídico pouco atraente a investimentos em centros de pesquisa tecnológica e de produção de bens e serviços inovadores. O relatório ora levado ao presidente tenta organizar um modelo a ser coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, com gerência geral da ABDI, e sugere meios para aperfeiçoar o ambiente jurídico para o setor exportador.

Expectativas

Com uma política industrial consistente, ao lado de um ambiente jurídico transparente, a ABDI espera ver o Brasil entre os países escolhidos para sediar centros de pesquisas de renome mundial. Nessa direção, com o objetivo de oferecer algo a mais aos possíveis investidores, a ABDI prepara a criação de uma “rede da diáspora” neste semestre para estabelecer uma conexão eficaz entre os pesquisadores brasileiros que atuam em empresas e universidades no exterior. As conclusões do estudo tocam em feridas antigas, como a demora na liberação de financiamentos a projetos inovadores, a timidez em utilizar o

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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