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Importância da água no planeta terra

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A Vara do Meio Ambiente do Estado do Amazonas lançou a Cartilha da Água, direcionada para as crianças, jovens e adultos interessados em conhecer, em uma linguagem acessível aspectos da legislação hídrica brasileira. Tal obra tem como escopo democratizar esse conhecimento indispensável para formação de uma ecocidadania, de maneira a conclamar os herdeiros do Amazonas a ponderar sobre o futuro deste recurso cuja integridade vem sendo comprometida nos últimos anos pelo desenvolvimento não firmado em bases sustentáveis. A água que mata a sede do homem e dos animais é a mesma água que motiva conflitos internacionais e serve de veículo transmissor de inúmeras doenças em pleno século 21. A guerra da água não é vaticínio ou ficção científica, é uma realidade constatada no Oriente Médio diuturnamente através da mídia, que ao mostrar os territórios ocupados e possível antagonismo religioso, esquece que as raízes da contenda se estendem há milhares de anos em face do precioso líquido escasso em uma região inóspita. No Brasil todas as vezes em que se comemora o dia 22 de março, fomentam-se debates nas escolas que aproveitam a data para direcionar seus alunos para a conscientização da importância da água para a população, além de discursos inflamados de ambientalistas e de políticos oportunistas ansiosos por captar popularidade em datas significativas. As estatísticas dão conta de que a terra ruma para uma situação no mínimo deplorável, quando se considera que a população mundial já ultrapassou com folga a marca de 6 bilhões de seres humanos e que 54% da água doce disponível é utilizada de forma desregrada pelo homem, que dentro desta ótica numérica está deixando apenas 10% desse montante para as outras espécies na terra. A água como vetor de patologias é uma realidade inequívoca em todo o mundo, pois a falta de saneamento básico e de hábitos higiênicos, redunda em aproximadamente quatro milhões de mortes de crianças anualmente vitimadas pela cólera e a malária. Somado a essa triste verdade, encontra-se o espantoso total de 1 bilhão de pessoas que não tem acesso à água tratada e quase o dobro dessa quantia não possui sistema de esgoto. A pergunta que não quer calar é se um dia realmente desaparecerá da face da terra toda a substancia inodora, insípida capaz de sustentar a vida humana conforme conhecemos? A resposta lógica e não lastreada em conceitos apocalípticos é que muita água suja ainda existirá pelos próximos anos, tornando cada vez mais dispendioso a limpeza e despoluição dos corpos d
água,
como aliás já está acontecendo em cidades européias e na própria capital do estado mais rico do Brasil.Órgãos como a Unesco estão procurando imprimir
no presente século a marca “ da paz por água ”,
buscando princípios e métodos eficientes para gerenciamento desse recurso essencial.Novamente questiona – se se o aparato legal disponível é suficiente
para proteger essa “ jóia hídrica ”, mormente na Amazônia, última fronteira para alguns projetos ambiciosos e atabalhoados,
veiculados como redenção dos problemas de isolacionismo regional.A resposta diáfana e sem devaneios reside no fato de que pululam leis,
decretos e resoluções voltadas para coibir e desestimular práticas negativas no que tange a utilização das águas.Esse aparato não tem efetividade desejada
na medida que a estrutura pretendida para a sua correta implementação não é priorizada pelas autoridades competentes.Resta finalmente fazer cumprir
o que a Constituição Federal e o artigo 229 da Carta amazonense atribuem como tarefa da coletividade que é a proteção do meio ambiente.Essa coletividade,
abarca todos os habitantes desta nação que devem passar como primeira etapa dessa missão a considerar todos os dias do ano como períodos de reflexão
sobre a importância da água doce em suas vidas.Quiçá esses momentos terão por sobre o destino da água um efeito muito mais benéfico que a mera existência
da legislação específica ou de programas governamentais de dúbio propósito.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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