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Importações declinam em dezembro, diz estudo

Sendo mantidos para a segunda quinzena do mês de dezembro os mesmos resultados médios de importação, exportação e saldo comercial da primeira quinzena, o comércio exterior brasileiro surpreenderá no fechamento do ano por registrar um saldo comercial significativamente menor do que vinha sendo previsto.

Os dados básicos podem ser assim resumidos. Nos dez primeiros dias úteis do mês, o saldo comercial atingiu US$ 951 milhões, o que gerou um saldo acumulado no ano, até o último dia 16, de US$ 37,4 bilhões. Mantido esse valor para o restante do mês, o saldo comercial atingiria US$ 38,3 bilhões, valor significativamente inferior relativamente aos US$ 41 bilhões que até pouco tempo o mercado projetava para a balança comercial.

Uma observação relevante é que o saldo comercial por dia útil da primeira quinzena de dezembro, cujo valor foi de US$ 95 bilhões, se comparado ao saldo médio por dia útil de dezembro do ano passado, corresponde a um recuo de 62%.

A surpresa até o momento está do lado das importações, enquanto o declínio das exportações registradas no mês está aproximadamente em linha com o que ocorre normalmente em meses de dezembro. As exportações por dia útil foram de US$ 672 milhões, um valor que corresponde a um declínio de 1,8% com relação à média de novembro, segundo dados dessazonalizados.

Uma taxa negativa de variação de exportações não ocorria desde julho, porém o declínio é baixo demais para ter qualquer poder explicativo na redução do saldo comercial do mês. Note-se que se esse mesmo índice médio de vendas para o exterior for mantido para o restante do mês as exportações brasileiras atingirão US$ 160 milhões.

O fato marcante do lado das importações foi que o recuo que se observa no seu valor média por dia útil no mês de dezembro em relação a novembro (US$ 577 milhões, valor referente à primeira quinzena de dezembro), foi baixo demais em comparação com anos anteriores. Assim, para se ter um padrão comparativo, em dezembro de 2004 as importações caíram com relação novembro 18,7%, 10,9% em dezembro de 2005, 16,8% em dezembro de 2006, mas apenas 4,1% agora em 2007.

Como se sabe, as importações declinam em meses de dezembro devido ao ímpeto redobrado das compras no exterior nos meses anteriores em função do período de festas, o qual não se renova no mês em questão.

Aparentemente, o que está ocorrendo no presente mês de dezembro é que, a despeito de recuos nas importações de bens de consumo, e até mesmo em combustíveis e lubrificantes, as compras de bens de capital e bens intermediários não mostram sinais de queda. Ou seja, a indicação é de que o ano de 2007 está se encerrando com uma economia aquecida para além do que é possível explicar pelo usual aquecimento das vendas típicas de final de período. Em termos dessazonalizados, as importações dos 10 primeiros dias úteis de dezembro cresceram 13,1% relativamente a novembro, percentual esse que, se for mantido até o final do mês, corresponderá à maior taxa de variação de todo o ano de 2007. Convém observar que em sendo mantido o padrão importador da primeira metade do mês, as compras do exterior fecharão o ano com US$ 121,7 bilhões.

Vendas externas

As vendas externas obtiveram médias diárias de US$ 677 milhões e US$ 666 milhões nas duas primeiras semanas de dezembro, acumulando US$ 6,7 bilhões (média diária de US$ 671 milhões). Frente ao mesmo mês do ano passado, quando a média das exportações foi de US$ 613 milhões, observou-se expansão de 9,5 %. No acumulado do ano, a média das exportações foi de US$ 638 milhões, assinalando crescimento de 16,0% quando comparada à média do mesmo período do ano passado (US$ 550 milhões). Em termos absolutos, as exportações acumularam até a segunda semana de dezembro um valor igual a US$ 153,1 bilhões, valor 18,5% superior ao mesmo período de 2006 (US$ 129,3 bilhões).

Resultado obtido

As importações brasileiras totalizaram US$ 5,7 bilhões nos primeiros 16 dias de dezembro, representando

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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