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Implurb busca multiplicar parcerias para Manaus

O Centro de Manaus é um tecido urbano doente com uma grande complexidade de solução. Onde fica premente a necessidade de promover uma atração de novos investimentos conforme avaliação do Implurb (Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano) no primeiro trimestre de 2013.
A estratégia do instituto está em multiplicar parcerias diante dos problemas acumulados no Centro. Podendo ser solucionados com iniciativas concorrentes, que estimulem o crescimento ordenado da economia no local.
Segundo o diretor-presidente do Implurb, Roberto Moita, a criação de cinco camelódromos na área central vai atender as diferentes vocações do comércio manauara. “Algumas atividades aproximam turistas e consumidores, outras afastam e devem ser combatidas com a requalificação da área central portuária, a priori”, alerta.
A falta de valorização, o abandono imobiliário, a falta de atratividade de uso para manter a habitação, comércio, serviços, são fatores que se retroalimentam prejudicando a imagem do Centro Histórico. Diante desse cenário caótico, o instituto tenta a partir de uma ação imediata de reorganização do comércio ambulante prosperar em outras frentes, onde o foco da administração está em desburocratizar para recuperar a área.
Assim, Moita busca um entendimento com os órgãos federais de licenciamento ambiental como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), com a SEC (Secretaria de Estado de Cultura), com os licenciamentos internos da prefeitura como os emitidos pela Manaustrans, Semmas e o próprio Implurb.
Segundo Moita, de outro lado, se faz necessário uma aproximação com o Tribunal de Justiça para juntos chegar a um consenso do que precisa ser feito, e realizar. Ele afirma que as ações da prefeitura como um ente federativo, está sujeita a questionamentos. “Dessa forma juntos com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça possamos fazer disso, um grande acordo em prol do interesse público. O que essa administração está fazendo claramente é romper a inércia”, declara Moita.
De acordo com o juiz da Vara Especializada em Meio Ambiental, Adalberto Carim, morador do Centro e defensor da requalificação do local histórico, vem discutindo no Conselho Urbanístico sobre a necessidade de repovoamento do centro comercial com pessoas que trabalhem e que morem no Centro. “É de fundamental importância das pessoas além de frequentar, voltar a morar e trabalhar no Centro. Só assim teremos resultados positivos na questão do ordenamento e preservação daquela área histórica”, argumenta o magistrado.
Agora a ordem é criar mecanismos de atração de investimentos para o Centro de Manaus, levando novas empresas, incentivando o mercado imobiliário com a recuperação dos imóveis residenciais e comerciais daquela área, atraindo operadores de comércio de bom nível, que se perderam ao longo dos anos, por falta de incentivo e do abandono pelo poder público, que volta a ser resgatado na administração Arthur Neto, segundo Moita. “O comércio de rua está mais do que nunca se reencontrando com a população das diferentes cidades em todo o mundo, é o resgate de comportamento das gerações passadas para as gerações futuras, saímos dos shoppings fechados, para os espaços comerciais a céu aberto”, afirma o arquiteto Roberto Moita.
Manaus hoje tem mapeado no Centro Histórico 1.656 unidades de interesse de preservação de Primeiro e Segundo Graus, a Orla Portuária e 10 praças históricas. Estão em posse do Implurb dez propostas elaboradas pela Prefeitura para o Projeto de Aceleração do Crescimento 2, também chamado de PAC2 Cidades Históricas, que foram apresentadas ao IPHAN, em Brasília, e que aguardam liberação de recursos do governo federal.
As mais aceleradas, que devem ficar prontas até a Copa de 2014, são os projetos de requalificação da Praça da Matriz e do Relógio Municipal. “Se os bons ventos soprarem, as obras podem começar no segundo semestre de 2013”, almeja Moita.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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