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Ibope realiza no Amazonas última etapa de pesquisa

Ibope realiza no Amazonas última etapa de pesquisa

O Ibope realizou em quatro cidades do Amazonas a última etapa da pesquisa que pretende apontar a proporção dos casos do novo coronavírus.  O objetivo é apresentar as estimativas sobre a real dimensão da epidemia e ainda avaliar o nível de anticorpos adquiridos por pessoas que se recuperaram da doença no País.  

Manaus, Parintins, Lábrea e Tefé fazem parte de um universo de 133 municípios brasileiros onde pelo menos 250 pessoas fizeram testes para a Covid-19. Pesquisadores visitaram casas paramentados com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e outras medidas sanitárias para não oferecer riscos de contágio à população alvo dos estudos. E também para os entrevistadores.

Os testes consistiram em coletar uma gota de sangue na ponta do dedo das pessoas entrevistadas, como fazem para mensurar o nível de glicemia em diabéticos, um procedimento simples e rápido.

No Amazonas, o estudo foi realizado de domingo até a última terça-feira (23). Em todo o País, foram aplicados aproximadamente 34 mil testes nas pessoas que se submeteram à pesquisa do Ibope.

Além do exame, os entrevistados preencheram um questionário curto e direto. Em geral, as perguntas consistiram em saber se alguém na família teve a Covid-19 e se recuperou, apresentou os sintomas mas não desenvolveu a doença ou se houve suspeita de contágio de outros membros da casa.

“As quatro cidades do Amazonas foram a última etapa do levantamento.  O principal objetivo é saber se realmente a população consultada já desenvolveu anticorpos para a Covid-19. E ainda avaliar a real dimensão da doença no Brasil”, explica Wemerson Vieira, coordenador da pesquisa do Ibope em Manaus.

Segundo ele, todos os entrevistadores foram testados e treinados para realizar o estudo em cada um dos 133 municípios alvos do estudo. “Além do preenchimento de um questionário simples, rápido, a meta foi realizar 33.250 mil testes nas cidades selecionadas para participar da pesquisa”, acrescenta ele.

O industriário Jacó Melo foi um dos escolhidos da família para fazer o teste de sangue na ponta do dedo em Manaus. E saiu aliviado após testar negativo para o novo coronavírus. “Não tinha feito ainda o exame nem particular e nem na empresa onde eu trabalho. Que bom que deu tudo certo”, comemorou. “Estou bem”. O Ibope anunciou que em breve divulgará o resultado da pesquisa.

Desafio

Considerado o município mais indígena do País, São Gabriel da Cachoeira (a mais de 862 quilômetros de Manaus), a noroeste do Amazonas, conseguiu frear o avanço da Covid-19 testando em massa a população urbana de mais de 20 mil habitantes. Uma medida desafiadora até para as metrópoles brasileiras.

Agora, a meta também é testar as comunidades indígenas na zona rural de São Gabriel, onde vivem mais de 20 mil pessoas. Lá, a Covid-19 se dissemina e o governo do Amazonas e o federal têm enviado profissionais, remédios e EPIs para dar assistência aos índios.

Também na terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou que pretende realizar testes em massa para Covid-19 em 24% da população brasileira, nas modalidades RT-PCR (12%) e por meio de sorologia (mais 12%).

O RT-PCR usa enzimas do vírus para transformar RNA em DNA complementar. Uma explicação mais simplificada de como é feito este exame. O sorológico avalia o nível de anticorpos adquiridos e ainda como acontece esse mecanismo de defesa.

Hoje, o número de casos do novo coronavírus já passou de 1 milhão de infectados, com mais de 51 mil mortos. E os recuperados somam mais de 600 mil em todo o País.

“O ministério já distribuiu 11,3 milhões de testes para Covid-19, sendo 3,8 milhões de RT-PCR e outros 7,5 milhões de testes rápidos”, disse o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

O ministro da Saúde ressaltou que a testagem em massa é a grande estratégia para conter o avanço da Covid-19, principalmente nas regiões mais desassistidas, de difícil acesso, onde a doença começa a se disseminar por falta de uma infraestrutura específica de saúde para tratar os doentes e evitar novos contágios.

Marcelo Peres

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