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IBGE lança mapas temáticos que identificam a diversidade do Estado

O IBGE lançou ontem, 9, coleção de mapas temáticos abordando os temas Vegetação, Geologia, Geomorfologia e Solos do Amazonas. Com escala oficial de representação do Estado (1:1.800.000, em que cada centímetro equivale a 18 kms) e atualizado por imagens de satélite, trabalhos de campo e dados de estudos anteriores, o material foi elaborado como parte do compromisso de produzir informações sobre os recursos naturais de todo o Brasil até 2014. Os mapas já podem ser visualizados no site ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos.
Os mapas retratam a distribuição da diversidade de solos, vegetação, relevo e geologia no território e contêm informações relevantes para inúmeras atividades, entre as quais ensino e pesquisa.
O Mapa de Solos revela a predominância dos argissolos (identificados pelas letras PA, PV e PVA, em respeito a correlações internacionais) e sua localização na área compreendida entre os rios Negro e Madeira. Os latossolos (LA, LV e LVA), no Leste e no Norte do Estado, representam os solos de maior potencial para uso agrícola, apesar de pobres em nutrientes. Nas serras, encontram-se os neossolos litólicos (RL), inadequados para atividade agrícola. Outras duas classes de solos que merecem destaque: os gleissolos, (GX) e os espodossolos (EK e ESK), observados principalmente na alta e média bacia hidrográfica do rio Negro. Ambos ocorrem em áreas sujeitas a inundação e também possuem baixa aptidão para uso agrícola. A vegetação classificada como campinarana é típica dos espodossolos. A predominância de depressões entre as unidades de relevo surpreende menos que a presença de planaltos e planaltos rebaixados ao leste e serras de grande altitude ao noroeste – onde se situa, inclusive, o pico da Neblina, ponto culminante do Brasil. Essas e outras informações se encontram no Mapa de Relevo (tema Geomorfologia).

Identificação da flora

Já o Mapa de Vegetação revela a diversidade encontrada no Estado, que vai além da chamada floresta ombrófila (densa e aberta). No Amazonas existe uma flora especializada de ocorrência nas grandes altitudes (refúgios vegetacionais), além de campos, campinas, campinaranas e cerrados.
O Mapa de Geologia revela movimentos no interior da crosta terrestre no Amazonas, com destaque para a ocorrência de sismos na região de Manaus e adjacências. Outra evidência é a contínua migração de curso do Rio Solimões, na região de Mamirauá, e do Rio Negro, nas adjacências da cidade de Barcelos, para Sudoeste – ambos adaptados a falhas geológicas com expressiva movimentação vertical. Além disso, há frequente ocorrência de lagos em posição interfluvial nas vertentes do Rio Negro e de mudanças no padrão do canal deste rio, que em diversos pontos muda de retilíneo para entrelaçado, como na região do arquipélago de Anavilhanas. Os dados disponíveis demonstram que, desde o início da formação desses rios, o deslocamento para Sudoeste dos canais nestes trechos, devido à movimentação vertical de falhas ativas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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