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Hotelaria de Manaus amarga queda de até 50% nas ocupações

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O segmento hoteleiro de Manaus registrou redução de até 50% nas ocupações, no período de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao acumulado do ano passado, por conta da crise aérea brasileira. Empresários do ramo torcem pelo fim do caos para a recuperação dos negócios que, segundo a Abih-AM (Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis do Amazonas), estão incertos para grande parte dos mais de 260 empreendimentos do setor existentes na capital.
Segundo o gerente do Da Vinci Hotel, Daniel Richard, depois do desastroso mês de junho deste ano, o hotel vem enfrentando quedas e registrou, em agosto, decréscimo entre 10% e 15% nas taxas ocupacionais, num comparativo com o mesmo mês do ano passado. De acordo com Richard, a taxa de ocupação hoteleira ainda não foi menor em função da Copa América de Vôlei, evento realizado em Manaus na primeira quinzena do mês de agosto, que colaborou para que o empreendimento não sofresse um impacto negativo de grandes proporções.
“Se não fosse a ocupação atípica no mês de agosto por conta desse evento esportivo realizado em Manaus, haveria uma redução de cerca de 50% em ocupação de HU’s [Unidades Habitacionais] acompanhando o mercado, que já enfrenta um momento crítico em conseqüência de diversos fatores como a crise aérea e a carência de atrativos turísticos na cidade”, afirmou o gerente.
De acordo com o executivo, houve aumento significativo no número de cancelamentos de reservas e No Shows (termo turístico utilizado para justificar o não comparecimento de hóspedes) registrados desde meados de 2006. Richard acredita que a origem do problema iniciou-se com o que ficou conhecido como ‘‘apagão aéreo’’ e acentuou-se por conta dos constantes incidentes os quais se estendem por quase um ano.
Fazendo uma projeção otimista, Daniel Richard, cogitou a possibilidade de recuperação à partir do próximo mês, em função do aquecimento do setor por conta das viagens de fim de ano, o que possivelmente vai possibilitar o equilíbrio nos negócios.

Fim de ano deve dar ânimo ao setor

O empresário do trade turístico, Pedro Mendonça Neto, que esteve à frente de um dos principais hotéis de selva do Estado e hoje atua no ramo de agências de viagens, confirmou que o segmento de hotelaria de selva também tem passado por momentos críticos e registrou baixas de 20% a 30%, no período de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo Mendonça Neto, as reservas previstas para este mês foram canceladas em larga escala e houve significativa redução na procura. “Seja por medo ou até mesmo por falta de motivação, as pessoas não se submetem a viajar na situação em que se encontra o setor aéreo, de forma que se não há viagens, não há hospedes”. Pedro acredita que a situação negativa se estende por todo o país, mas acha que o quadro será revertido em breve, no máximo até o fim do ano.
De acordo o presidente da Abih-AM, Roberto Simão Bulbol, os negócios tendem a se estabilizar, em curto prazo, mas no período do ‘‘apagão’’ houve grandes prejuízos. Vôos não decolavam e nem chegavam à Manaus e, como conseqüência, nesse período foi registrado um elevado número de cancelamentos de hospedagem e eventos que haviam sido programados. “Depois desses atropelos de controladores de vôos, apagão aéreo e toda essa dificuldade que o setor vem passando, acho que ainda há tempo para nos recuperarmos e fecharmos o ano com um saldo positivo”, concluiu Bulbol.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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