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Honda, eficiência e qualidade produtiva

Apesar de a Zona Franca de Manaus ter sido criada em 28 de fevereiro de 1967, somente em 30 de setembro de 1968 foi lançada a pedra fundamental do Distrito Industrial e, no mesmo ano aprovado o primeiro projeto de uma indústria dentro do modelo ZFM, o da Beta S/A, fabricante de jóias e relógios, que funcionou por quase 30 anos na cidade. Outras empresas logo começaram a se instalar, ainda naquele final da década de 1960, e não mais pararam até os dias de hoje, somando-se centenas. Atualmente o Distrito Industrial, agora PIM (Polo Industrial de Manaus), reúne quase 500 empresas, porém, nenhuma delas, até agora, conseguiu atingir alguns expressivos números como a Moto Honda da Amazônia. Segundo dados da Suframa, durante mais de dez anos consecutivos a empresa japonesa foi a que mais empregou no PIM. Há alguns anos, no entanto, a Honda divide com a coreana Samsung a manutenção de grande quantidade de funcionários.

Honda é uma das que mais mantém grande quantidade de funcionários
Foto: Divulgação

Isso, e outras realizações, fizeram nascer uma relação de amor e paixão dos amazonenses pela Honda, e vice-versa. Apesar de a empresa não ser uma das pioneiras no PIM, é uma das mais antigas em atividade. Este ano a japonesa completa 45 anos de sucesso em Manaus. Pelas suas linhas de produção muitos amazonenses tiveram seus primeiros empregos e não foram poucos, também, os que cresceram dentro da empresa chegando a ocupar altos cargos até na diretoria. Se os primeiros japoneses que vieram trabalhar no Amazonas, ainda na década de 1930, desenvolveram a agropecuária no Estado, os japoneses da Honda e de outras empresas orientais que se instalaram no PIM, trouxeram a tecnologia de seus produtos e forma de produzi-los.

Mais de 25 milhões

A Honda iniciou suas operações no Brasil em 1971, vendendo motocicletas importadas, e cinco anos depois, em novembro de 1976, inaugurou, em Manaus, a Moto Honda da Amazônia, dando início à fabricação dos modelos CG, até hoje, o veículo mais vendido no país, em todos os tempos, com mais de 13 milhões de unidades fabricadas. Desde 1976, a CG não parou de evoluir, incorporando melhorias tecnológicas de eficiência energética e segurança. Em 2009 a montadora foi pioneira ao lançar a primeira moto flex  com motor bicombustível, produzida no mundo, a CG Titan 150 Mix.

No total, além de quadriciclos e motores estacionários, mais de 25 milhões de motocicletas já saíram das linhas de produção da Honda, que vai além da montagem de motocicletas, envolvendo a fabricação de peças e componentes e diversas ferramentas que integram o produto final.

“Como uma companhia sólida e que acredita no potencial do mercado brasileiro, a Honda mantém investimentos em infraestrutura, capacitação de pessoal, desenvolvimento de novas tecnologias e inovação, além da modernização constante de seu line up. Em 2019, a empresa fez um aporte de R$ 500 milhões, visando a modernização da unidade fabril, com o objetivo de elevar a sua competitividade global e torná-la unidade referência em produtividade”, falou Júlio Koga, vice-presidente Industrial da Moto Honda da Amazônia.

Júlio Koga: “Honda é uma companhia sólida e que acredita no potencial brasileiro”
Foto: Divulgação

Além da unidade fabril, a empresa possui Centros Educacionais de Trânsito, de Treinamento Técnico, de Distribuição de Peças e de Pesquisa & Desenvolvimento e montou uma rede de concessionárias composta por aproximadamente 1.100 endereços.

Desde 2003 possui, na BR-174, em Rio Preto da Eva, uma área de 1.002 ha onde mantém um projeto agrícola, com plantio de árvores frutíferas, horticultura e reflorestamento de espécies nativas e em extinção, e uma área de Teste de Produtos.

Na área urbana de Manaus a empresa mantém a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), com 16 ha de floresta secundária.

A maior do PIM

Atualmente a Moto Honda da Amazônia possui cerca de sete mil colaboradores. Produz 26 modelos de motocicletas (4.200 unidades/dia), desde a Pop 110 cc até a GL 1.800 cc Goldwing, além do quadriciclo TRX420 FM, motores estacionários e motobombas.

“A empresa seguirá investindo continuamente no fortalecimento do line up com diversas novidades na linha de produtos, em praticamente todos os segmentos em que atua, entre lançamentos inéditos e novas gerações dos modelos atuais. Além disso, continuará mantendo dois compromissos fundamentais: investimento em tecnologias e atividades corporativas visando reduzir a emissão de CO2, e promoção da conscientização em prol da segurança no trânsito”, afirmou Júlio Koga.

Em seu livro ‘Os samurais das selvas’, o historiador Aguinaldo Figueiredo lista empresas japonesas que se instalaram no PIM: Sony, Sanyo, Hitachi, Yamaha, Panasonic, Tojo, Seiko, Fuji, Showa, Toshiba, Mitsubishi, Minolta, Casio, Evadin, entre outras e destaca a Honda.

“Atuando inicialmente em consórcio com a empresa amazonense Moto Importadora Ltda, do empresário Natanael Lemos de Xavier de Albuquerque, em 1976, a Moto Honda da Amazônia se tornou a maior fábrica do Polo Industrial de Manaus. É uma empresa referência mundial em eficiência e qualidade produtiva”, concluiu.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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