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Honda começa a produzir motores na unidade fabril brasileira em 2008

A Honda iniciará no próximo ano a produção de motores em um prédio anexado à fábrica de Sumaré, interior de São Paulo. Hoje, a maior parte das peças do equipamento é importada da matriz no Japão. A nacionalização do motor, considerado o coração do automóvel, é um sinal de que a montadora japonesa consolida cada vez mais suas operações no Brasil, mercado que já é o sexto maior do mundo para a companhia, com chances de pular para a quinta colocação este ano.

Seguindo a filosofia japonesa, de dar passos cautelosos, a Honda levou dez anos, desde a instalação da unidade de automóveis no país, para investir na produção local de motores. Para construir a fábrica, foram mais de 20 anos desde a aquisição do terreno em Sumaré, na década de 70.
“O motor é a parte mais complexa do carro, e é necessário manter uma estrutura consolidada para sua produção”, justificou Horácio Tuyoshi Natsumeda, diretor industrial da Honda Automóveis. Historicamente, a Honda não compra esse equipamento de terceiros e só usa motores de fabricação própria, “para garantir qualidade e custos”.
A construção do prédio e a compra de equipamentos fazem parte do investimento de US$ 100 milhões anunciados no fim de 2005, que incluía a ampliação da capacidade produtiva de 240 para 550 veículos ao dia. Hoje, a linha de produção opera em três turnos e a Honda já estuda nova ampliação para dar conta da demanda.

“Inauguramos a fábrica em outubro de 1997 para produzir 60 carros/dia, em dois turnos, e hoje fazemos 550 em três turnos”, disse Natsumeda. A cada dois minutos sai um carro pronto da linha de montagem. Segundo ele, a montadora estuda, para o fim de 2008 manter a produção de 550 carros/dia em dois turnos e, se preciso, ampliar para 650 unidades diárias em três turnos.

Em maio, a fábrica de motores, que está em fase de testes, iniciará a produção do motor do Civic e, em outubro, do Fit. Serão contratados mais 200 funcionários, ampliando assim o quadro atual de 3.100 pessoas.

Componentes eletrônicos e partes como a engrenagem continuarão sendo importados. Para viabilizar a nacionalização completa do motor a fábrica deveria produzir cerca de 200 mil carros anualmente, volume que justificaria o alto investimento necessário para o projeto.

Este ano, devem ser produzidos em Sumaré 106 mil veículos, volume que irá a 121,5 mil em 2008, dos quais 24 mil para exportação. Incluindo modelos importados, a Honda deve vender este ano perto de 100 mil veículos no país, marca que a consolidará como quinta montadora no ranking brasileiro e também quinta no ranking da matriz, atrás dos EUA, Japão, China, Canadá e Reino Unido.

Apesar da produção maior, ainda há fila de espera de um mês, em média, para a compra dos modelos Civic e Fit.
O aumento da produção se reflete na lavanderia mantida pela Honda, onde são lavados, gratuitamente, os uniformes brancos dos funcionários. “Em dez anos de trabalho o serviço triplicou”, contou Maria das Neves, encarregada da lavanderia.

Semanalmente, são lavadas 2.550 calças e jaquetas, 1.200 aventais, cem quilos de luvas e cem quilos de mangotes (usados nos braços pelo pessoal que trabalha com solda). As peças são devolvidas em 24 horas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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